A integração pecuária-lavoura-floresta otimiza a utilização dos recur sos naturais, por meio de seu manejo integrado, evitando a degradação e promovendo a recuperação da capacidade produtiva.Uma das vantagens é a valorização da propriedade, que resulta de seu uso intensivo de forma sustentável e do aumento de sua capacidade produtiva.
Uma boa opção para aumento da renda, associada í conservação ambiental, é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Trata-se de um sistema de produção que associa a exploração animal í produção de grãos em alterní¢ncia e ao cultivo de árvores. A integração das tríªs atividades otimiza a utilização dos recursos naturais, por meio de seu manejo integrado, evitando a degradação e promovendo a recuperação da capacidade produtiva.
«O objetivo da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta é maximizar racionalmente o uso da terra, da infraestrutura e da mão de obra, diversificar e aumentar a produção e minimizar custos e riscos», explica Roberta Aparecida Carnevalli, da Embrapa Gado de Leite/Arroz e Feijão, em Sinop, MS. Em outras palavras, a ILPF visa a assegurar a sustentabilidade social, econí´mica e ambiental, por meio da adoção de tríªs diferentes tipos de atividades que serão desenvolvidas na fazenda, grande ou pequena. Não há tamanho mínimo ou máximo para a adoção do sistema.
Carnevalli, que se dedica ao estudo do sistema, destaca que, entre os benefícios da ILPF, está a diversificação da produção, o consequente aumento da renda e a redução dos riscos oriundos das flutuações do mercado. O produtor passa a dispor de outras possibilidades de auferir ganhos, com a redução de custos de produção, além de poder recuperar áreas degradadas.
O produtor de leite que precisa renovar a pastagem tem na ILPF uma maneira eficiente de realizá-la. Uma das possibilidades de renovação dá-se por meio do plantio consorciado. O produtor plantará, junto com o pasto, alguma espécie granífera, como milho, sorgo, soja, ou girassol. «í‰ preciso que seja uma lavoura da qual se retira apenas a parte área da planta. A mandioca, por exemplo, não pode, pois é preciso arrancá-la do solo», explica José Henrique de Albuquerque Rangel, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, SE.