#Vigor renovado

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Com o retorno í  bolsa de valores, a empresa de laticí­nios da J&F tem R$ 500 milhões para investir.

Nos últimos nove meses, a quase centenária Vigor, fundada em 1917, e cuja sede está encravada na área industrial do bairro do Belenzinho, na Zona Leste de São Paulo, foi sacudida por uma onda de mudanças. A começar pela decoração do prédio. A mobí­lia, em tons sóbrios e com jeitão da década de 1970, foi substituí­da por objetos contemporí¢neos. As paredes ganharam adesivos gigantes, com fotos de filhos dos funcionários degustando os produtos da empresa. Mas as alterações não se limitaram í  estética. O portfólio de iogurtes e queijos foi revisto e o visual das embalagens totalmente modernizado. Além disso, foram adicionados novos itens na linha de sobremesas prontas.

Para os cargos estratégicos de gestão, como suprimentos, vendas e marketing foram recrutados profissionais com larga experiíªncia no varejo e passagens por Danone, BR Foods e Unilever. Trata-se do mais vigoroso movimento desde 2009, quando a Vigor, que fechou 2011 com receita lí­quida de R$ 1,3 bilhão, passou a ser controlada pela JBS, gigante do setor de proteí­na animal comandada pela famí­lia Batista, José, Joesley e Wesley. “Agora, a empresa está pronta para voltar a crescer”, diz Gilberto Xandó, CEO da Vigor. As mudanças culminaram com a volta da negociação de suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em 22 de junho. A Bertin, que comprara a Vigor da famí­lia Mansur, em 2008, havia fechado seu capital.

O retorno foi, até agora, decepcionante. A cotação dos papéis despencou 20% já no primeiro pregão. Não bastasse isso, a agíªncia americana de classificação de riscos Moody´s rebaixou a nota da fabricante de queijos e iogurtes de B1 para B2. De acordo com a analista Marianna Waltz, fora do “guarda-chuva” da JBS, a Vigor perde poder de barganha junto aos fornecedores e fica sem o suporte operacional e financeiro de seu controlador. Xandó não se abala com a avaliação do mercado e diz que. Segundo ele, a empresa está no rumo certo. Para colocar em marcha seu plano estratégico, Xandó dispõe de uma verba em torno de R$ 500 milhões para investir nos próximo anos.

O montante será gasto na ampliação da capacidade produtiva, além da expansão dos centros de distribuição. Com isso, o executivo espera fazer da Vigor, que é dona das marcas Faixa Azul, Leco e Danubio, uma empresa com abrangíªncia nacional. Hoje, a companhia vive uma situação curiosa. Sua maior força, a concentração de 65% das vendas em São Paulo, se tornou uma espécie de armadilha. Nos últimos cinco anos, as maiores taxas de crescimento no consumo de lácteos víªm ocorrendo no Nordeste. Dados do institudo de pesquisas Nielsen, especializado em varejo, indicam que a receita com a venda de iogurtes avançou 20%, em média, a cada ano, no perí­odo, nos últimos quatro anos na região.

“Os consumidores de baixa renda, em todas as regiões estão descobrindo o iogurte”, afirma Daniel Asp, gerente de atendimento a clientes da Nielsen. Apesar disso, Xandó diz que seu foco, por hora, é o que ele chama de “Sudeste ampliado”: Espí­rito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. A decisão leva em conta fatores como maior renda média da população e o elevado ní­vel de conhecimento dos produtos da marca. Com isso, ele espera crescer sem sacrificar margens de ganhos, nem ter de investir quantias vultosas em marketing. Sua ambição é dobrar, em cinco anos, a participação desses Estados nas receitas da Vigor. “Entrar no Nordeste faz parte dos planos”, diz Xandó. “Não vamos, no entanto, agir de forma precipitada.”

Fonte: Isto í‰ Dinheiro

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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