Usina de beneficiamento de leite trará vida nova a produtores

O projeto de ampliação e reforma da usina de beneficiamento de leite da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), localizada na cidade de Batalha, mudará a realidade da agricultura familiar no Estado, gerando emprego e renda nos municípios que fazem parte da cadeia produtiva do leite.
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Executado em três etapas, a primeira será concluída no prazo de um ano.

A indústria atenderá inicialmente os quatro mil agricultores familiares, garantindo mercado aos volumes excedentes à cota dos 19 litros de leite/dia comercializados no Programa do Leite distribuído às famílias carentes.

Com o leite excedente, a nova fabrica da CPLA irá ofertar ao mercado regional leite em pó instantâneo, leite condensado e doce de leite produzidos em modernos equipamentos que terão capacidade de processar até 160 mil litros dia.

A meta da CPLA é a inclusão produtiva de mais seis mil agricultores familiares, em especial quilombolas, indígenas e os assentados da reforma agrária, totalizando dez mil famílias dedicadas à atividade leiteira no decorrer da implantação da segunda etapa.

Segundo o projeto, a segunda fase prevê a entrada da linha de 100 mil litros dia leite UHT (longa vida) até o final de 2016. Já a terceira fase, com mais 100 mil litros dia na nova fábrica automatizada, a produção de queijos no segundo semestre de 2017.

A previsão é que em até cinco anos após a conclusão da terceira etapa, a usina de beneficiamento esteja operando com sua capacidade máxima de 360 mil litros dia, produzindo 22 toneladas de leite em pó ou 63 toneladas de leite condensado e ou doce de leite, além de 100 mil litros de leite UHT e aproximadamente 14 toneladas de queijos.

De acordo com o projeto, todo o soro resultante da fabricação de queijos será utilizado na produção de soro de leite em pó e ou leite em pó modificado (enriquecido com as proteínas do soro), agregado valor e integrando outras cadeias produtivas tais como a cana-de-açúcar e as frutas do bioma semiárido.

Segundo o consultor executivo de projeto de ampliação e reforma da CPLA, Fábio Teles, atualmente o agricultor familiar que faz parte do Programa do Leite e que fornece os 19 litros dia tem renda garantida de cerca de R$ 640,00 pelas compras governamentais. Já o volume excedente é pago a preço de mercado.

“Com a crise atual do setor, muitos deles estão jogando o produto fora por que não tem comprador e aqueles que conseguem vender o leite excedente estão recebendo entre R$ 0,40 a R$ 0,60 por litro de leite comercializando. Hoje, se a primeira etapa estivesse em operação pelos 32 litros de leite excedentes, o produtor receberia um acréscimo de R$ 1.100 em sua renda”, afirmou.

Com uma capacidade inicial de recepção de 160 mil/litros de leite por dia, a primeira linha de produção de fábrica, que faz parte da primeira etapa do projeto, irá produzir leite em pó, leite condensado e doce de leite. Com isso, a unidade industrial de beneficiamento de leite, contará com uma produção diária de 22 toneladas de leite em pó, além de 63 toneladas de leite condensado e ou doce de leite.

Programa do Leite

Criado em 2011, o Programa do Leite conta com quatro mil pequenos produtores cadastrados e atende a mais 80 mil famílias alagoanas que recebem, diariamente, um litro de leite.

Atualmente, o preço do litro do leite está fixado em R$ 1,14 para uma produção de até 19 litros/dia. Segundo a CPLA, que administra o programa, a partir desta quantidade, o excedente é pago pelo laticínio de acordo com o preço de mercado.

Para o produtor de leite de Major Isidoro, José Hélio da Costa, todas as apostadas estão sendo feitas na abertura da usina de beneficiamento de leite da CPLA, em Batalha. Segundo ele, o setor vive um momento delicado e a unidade industrial seria a única saída viável.

“A nossa salvação é o programa do leite. Mas há casos onde o litro de leite está sendo vendido a R$ 0,60. Estamos passando por um momento de crise e precisamos que a fábrica da CPLA entre em funcionamento”, declarou Costa.

Segundo o agricultor, que produz 260 litros de leite por dia, na época que a fábrica da Camila estava em funcionamento – fechado há aproximadamente seis anos – o cenário da região era bem diferente da realidade atual.

por Agência Alagoas

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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