Tendência de preços e comércio no mercado de #lácteos

O Índice de Preços de Lácteos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ficou em média em 184,3 pontos em outubro, 3,5 pontos (1,9%) a menos que em setembro e 66,8 pontos (26,6%) a menos que no ano anterior.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

O Índice de Preços de Lácteos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) ficou em média em 184,3 pontos em outubro, 3,5 pontos (1,9%) a menos que em setembro e 66,8 pontos (26,6%) a menos que no ano anterior. As cotações para manteiga e leite em pó integral e desnatado caíram, enquanto aquelas para queijos ficaram sem mudanças. A queda de outubro foi o oitavo declínio mensal consecutivo, trazendo o índice para seu valor mais baixo desde agosto de 2012.

Panorama comercial

China reforça posição como principal mercado

O comércio de produtos lácteos deverá aumentar em 4,8% em 2014, para 72,1 milhões de toneladas de leite equivalente. Os três principais países exportadores, Nova Zelândia, União Europeia (UE) e Estados Unidos, que juntos representam 65% do comércio, deverão registrar um aumento nas vendas de 6-7% em 2014.

A Ásia continua sendo o principal centro de aumento na demanda internacional, com aumento substancial das compras previstas para China, Arábia Saudita, Malásia, Vietnã e Tailândia. A China, em particular, deverá registrar um forte crescimento, com um aumento de 24% projetado. Em outros locais da região, Indonésia, Filipinas, Cingapura, Japão e Emirados Árabes Unidos continuam sendo mercados importantes, mas o nível de suas importações pode não mudar muito e, em alguns casos, pode declinar. A queda nos preços internacionais estimulou a demanda de importação na África como um todo, após as compras fracas nos dois anos anteriores. Os principais importadores que deverão apresentar crescimento são Argélia, Egito e Gana. A maior produção doméstica na América Latina e no Caribe poderá deslocar as importações no México e no Brasil, enquanto a Venezuela deverá aumentar substancialmente seu nível de compras internacionais. Finalmente, as importações pela Rússia deverão cair, talvez em até 10% para o ano como um todo, após o embargo introduzido em agosto de 2014 sobre as importações de produtos lácteos da Austrália, Canadá, UE, Noruega e Estados Unidos.

Oferta abundante leva a queda de preços

As exportações mundiais de leite em pó integral deverão aumentar em 9,5% em 2014, para 2,7 milhões de toneladas. Isso se compara com o crescimento limitado de 1,8% em 2013, quando uma queda na produção de leite restringiu o comércio. O mercado para leite em pó integral é muito diverso geograficamente, decorrente de sua ampla utilização na indústria de processamento e para vendas diretas no varejo. Uma série de exportadores principais incluindo Nova Zelândia, União Europeia (UE) e Austrália deverão aumentar os níveis de vendas para 2014 como um todo; entretanto, limitações de ofertas deverão reduzir as exportações da argentina. Os preços internacionais do leite em pó integral caíram profundamente entre abril e outubro, como resultado das maiores disponibilidades de exportação e estoques adequados na China, o principal mercado, após importações excepcionalmente de grande escala entre novembro de 2013 e março de 2014, visando se proteger contra uma possível escassez no leite doméstico. Subsequentemente, os importadores reduziram as compras à medida que mantiveram reserva adequada de produtos para suas demandas imediatas. Como resultado, as importações da China de leite em pó integral para 2014 foram provisoriamente estimadas para aumentar em 35% e poderiam alcançar 1 milhão de toneladas – representando 37% do comércio total. Em outros locais na Ásia, os menores preços estimularam a demanda em vários importantes mercados, incluindo Indonésia, Malásia, Coreia e Tailândia. Além disso, importadores na África do Norte e América Latina e Caribe, incluindo Argélia, Peru e Venezuela, retornaram mais plenamente ao mercado, enquanto no caso do Brasil, a maior produção doméstica deslocou as importações.

Índia se retira do mercado

O comércio de leite em pó desnatado deverá crescer em 6,1%, para 2 milhões de toneladas, uma taxa próxima à média vista na última década. O leite em pó desnatado é central à indústria de processamento de leite em muitos países e, dessa forma, a demanda de mercado é mais disseminada. Os principais mercados são (em ordem de volume) China, México, Indonésia, Malásia, Argélia, Filipinas, Rússia e Vietnã, seguidos por Egito, Tailândia, Arábia Saudita e Cingapura. As importações podem aumentar em mais de 30% em 2014 na China, que deverá permanecer o principal mercado, com uma participação de aproximadamente 20% do comércio total. As compras deverão aumentar para alguns dos outros importantes importadores, incluindo (em ordem de volume) Malásia, Vietnã e Arábia Saudita. Por outro lado, uma queda nas importações foi prevista para Argélia, Indonésia, México e Filipinas. As importações da Rússia foram estimadas como sendo 29% menores para os primeiros oito meses do ano, comparado com o mesmo período em 2013. Elas deverão permanecer deprimidas pelo restante do ano, principalmente como resultado do declínio na demanda.

Oitenta por cento das exportações mundiais de leite em pó desnatado são fornecidos por Estados Unidos, UE, Nova Zelândia e Austrália. Com exceção da Nova Zelândia, todos têm previsão de aumento nas vendas, com UE e Austrália registrando o crescimento mais forte. O foco da Nova Zelândia em fornecer leite em pó integral à China significou que as vendas de leite em pó desnatado entre janeiro e setembro de 2014 caíram em 7% em comparação com o ano anterior. Em 2013, a Índia entrou no mercado mundial para leite em pó desnatado de forma significativa, com as vendas aumentando em 250%, para 130.000 toneladas. Os dados comerciais para os primeiros oito meses de 2014 mostram que as exportações caíram em 37% comparado com o mesmo período de 2013. As exportações durante todo o ano podem contrair até pela metade à medida que, devido à queda nos preços mundiais, as vendas domésticas estão mais lucrativas. Além disso, como consequência do aumento dos preços internos, o governo da Índia anunciou em julho a abolição do incentivo de 5% às exportações de leite em pó desnatado – reduzindo mais o estímulo para exportar. As exportações da Bielorrússia caíram em 22% no ano até agosto, devendo terminar o ano menores, como resultado da menor produção doméstica de leite e da queda substancial nos preços internacionais.

Preços caíram junto com os de leite em pó

O comércio de manteiga deverá aumentar em 2,8%, para 937.000 toneladas. Os preços internacionais de manteiga enfraqueceram, afetados pelos preços do leite em pó e pelas incertezas sobre as vendas futuras à Rússia, principal mercado. A demanda por manteiga vem principalmente do sudeste da Ásia, Oriente Médio e Rússia, apesar de, assim como para outros produtos lácteos, a China tem aumentado substancialmente suas compras nos últimos anos. Além disso, como resultado dos acordos comerciais e acesso livre de tarifas para processamento interno (onde os produtos são importados sem tarifas para processamento adicional e exportações), a UE é um importante importador de manteiga (quarto lugar no ranking) e exportador (segundo lugar no ranking). Embora muitos dos principais mercados, como China, Arábia Saudita e Cingapura, devem manter ou aumentar as importações em 2014, o embargo às importações de algumas origens específicas pela Rússia levantou dúvidas sobre seu nível de compras pelo restante do ano e, como consequência, as importações para o ano como um todo podem declinar.

Entre os principais exportadores, a Nova Zelândia e os Estados Unidos deverão ver um aumento nas vendas em 2014. Além disso, mais oportunidades de mercado podem ser criadas para a Nova Zelândia devido ao embargo nas importações da Rússia de outros fornecedores. Ao mesmo tempo, o embargo pode reduzir as exportações pela UE

Segue a tendência de baixa dos demais lácteos

Inicialmente, os preços dos queijos não foram afetados como os outros produtos pelo declínio geral nos preços das commodities lácteas durante 2014; entretanto, após o anúncio do embargo da Rússia a países específicos, eles também caíram substancialmente, em 11,5% entre julho e outubro. Em termos de mercado total de queijos, o comércio, no entanto, deverá registrar crescimento em 2014, embora limitado, impulsionado pelas maiores importações em uma série de países, incluindo Estados Unidos, China, Coreia, Austrália e Egito, que mais que compensarão pela queda nas compras pela Rússia e pelo Japão.

As vendas do maior exportador de queijos do mundo, a UE, deverão declinar como resultado da perda de seu principal mercado, a Rússia, em agosto. O próximo exportador, Estados Unidos, deverá ter um aumento significativo no nível de suas vendas – as exportações para os oito primeiros meses desse ano foram quase 30% maiores do que no mesmo período de 2013. Os Estados Unidos se beneficiaram de um crescimento substancial nesses principais mercados, incluindo México, Coreia e Japão, e pela menor competição da Austrália e da Nova Zelândia, à medida que esses dois países focaram no leite em pó.

As informações são da FAO. (http://www.fao.org/fileadmin/templates/est/COMM_MARKETS_MONITORING/
Dairy/Documents/Milk_and_Milk_Products_-_NOVEMBER_2014.pdf).

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas