Sustentabilidade na atividade leiteira é tema de painel no Congresso Internacional do Leite

A sustentabilidade foi o tema em evidência durante painel do Congresso Internacional do Leite no início da tarde desta quinta-feira (30), no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
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A sustentabilidade foi o tema em evidência durante painel do Congresso Internacional do Leite no início da tarde desta quinta-feira (30), no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O assuntou pautou painel presidido pelo Secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e moderada pelo analista da Embrapa Gado de Leite, Fábio Homero Diniz. A atividade contou com palestras sobre “Uma Visão Internacional da Sustentabilidade na Pecuária Leiteira”, apresentado pelo articulador da Embrapa/FAO (Food Agricultural Organization), Pedro Barga Arcuri, sobre “Indicadores de Sustentabilidade e Gestão Ambiental na Agropecuária Brasileira – Aplicações na Intensificação Ecológica da Produção Leiteira”, pelo pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Geraldo Stachetti Rodrigues e sobre “Sustentabilidade Sob a Ótica dos Órgãos Ambientais do Rio Grande do Sul”, feita pela secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), Ana Maria Pellini.

A ótica da sustentabilidade por órgão internacionais foi apresentada pelo articulador da Embrapa/FAO, Pedro Barga Arcuri, que iniciou sua palestra com conceitos básicos do tema, que abrange aspectos que ligam a atividade ao equilíbrio econômico, social e ambiental. De acordo com o palestrante, na visão da agropecuária, são sistemas de produção sustentáveis aqueles capazes de manter sua produtividade e utilidade para a sociedade indefinidamente. “De forma objetiva, a sustentabilidade é a gestão responsável da terra, de modo a alimentar mais pessoas com menos recursos, com menor impacto ao ambiente”, explica.

Arcuri apresentou, ainda, ações que fortaleceram a sustentabilidade mundial por organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas com o plano “Nosso Futuro Comum”, de 1987. Outros exemplos são a ECO-92, a Rio +20 e iniciativas de entidades como a FAO/LEAP (Livestock Enviromental Assessment and Performance Partnership), que firmou, em 2010, parcerias para a com a avaliação ambiental da pecuária. Com o objetivo de realizar avaliações comparativas com foco no desempenho ambiental, a parceria resultou em alternativas para melhorar o desempenho ambiental com produtividade e lucratividade. O palestrante também destacou o Projeto “Dairy Product of Environmentl Footprint”, da Federação Internacional de Lácteos (FIL/IDF), que inclui a distribuição e consumo dos produtos e rotulagem de produtos considerados “verdes”.

O case dos Estados Unidos da América foi o “Compromisso do Setor Lácteo com a Sustentabilidade”, de 2007, que uniu o governo americano, o setor leiteiro e a organização ambiental WWF com projetos e ações para aumentar a sustentabilidade na região. Na Oceania, o caso foi a Nova Zelândia, que atua de forma competitiva no cenário mundial com resultados que beneficiam não só o setor, mas todo o país, resultando em integração entre todos os elos e componentes do meio e parceiros internacionais. Por último, foi apresentado o exemplo da Índia, que contrasta com os outros modelos, pois, mesmo sendo o 2º país em produção de leite, ainda não atua de forma sustentável e com altos índices de emissão de metano.

“A agricultura sustentável não é um ataque às práticas tradicionais, e ela só existe se for exercida com responsabilidade de todos os atores, com qualificação, inovação e integração, o que pode resultar em mais produtividade e lucros. Vejo a sustentabilidade internacional como o motor das transformações para fazer face aos desafios atuais” concluiu.
Dando sequência às palestras, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Geraldo Stachetti Rodrigues apresentou metodologias de avaliações de impactos de inovações tecnológicas na Embrapa e formas de aplicação desses indicadores. Um dos destaques foi o projeto Balde Cheio, que integra pessoas e tecnologia, forragem de alta produtividade, pasto intensivo e conforto do animal, genética e limpeza e organização. A ação resultou em índices positivos no impacto socioambiental em todos os locais estudados. “A adoção destas ferramentas são fundamentais para promover a sustentabilidade das atividades rurais. Os resultados confirmam o valor da intensificação ecológica como contribuição para o desenvolvimento e a sustentabilidade da exploração agropecuária. Os sistemas de avaliação ambientais são valiosas ferramentas de gestão para conciliar a integridade ecológica, vitalidade econômica e equidade sociocultural para o desenvolvimento local sustentável” declarou Rodrigues.

Na última apresentação, a secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA), Ana Maria Pellini, ressaltou as ações do órgão em otimizar em melhorar a fiscalização e o processo de licenças ambientais. “Estamos trabalhando para que os processos de licença ambiental sejam os mais efetivos e completos, sem passar por sistemas burocráticos e lentos. Além disso, contar com um licenciamento ambiental de forma única, apresentar um atendimento qualificado, produção de manuais qualificados e automatizar o sistema de outorga de águas”, comentou.

O 13º Congresso Internacional do Leite ocorre até a tarde desta quinta-feira (30) com palestras que discutem a sustentabilidade e a competitividade da atividade leiteira no Brasil. O evento conta com apoio de Balde Branco, Feed & Food, Milkpoint, AFUBRA, SESCOOP, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Famurs, AGL. São patrocinadores SEBRAE, SICREDI, Tetra Pak, OCB, Emater-RS, CNPq, CAPES, Ministério da Educação, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O congresso é uma realização da Embrapa em parceria com o Instituto Gaúcho do Leite (IGL).

Andrey Santos (MTb 13308)
Embrapa Gado de Leite

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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