Sindilat diz que problemas no Estado são transitórios

Entidade que representa indústrias lácteas alega que cenário atual é reflexo dos baixos resultados econômicos obtidos no ano passado
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

O novo presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra , assumiu a direção da entidade em meio a um cenário preocupante, segundo produtores e dirigentes sindicais. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), mais de 20 mil famílias que fornecem leite para a indústria estão com pagamentos atrasados e com dificuldade para vender a produção aos laticínios. Guerra responde afirmando que os casos de inadimplência são pontuais. Quanto à compra do produto, o presidente do Sindilat também não vê problemas generalizados. “Na verdade, a maioria dos nossos associados estão operando dentro das suas capacidades”, detalha.

Jornal do Comércio – O que gerou os problemas enfrentados atualmente pelos produtores?

Alexandre Guerra – O ano de 2014 foi de baixos resultados para o setor. A indústria trabalhou no seu limite. Em casos pontuais, algumas empresas enfrentaram dificuldades financeiras. Além disso, teve o caso dos laticínios envolvidos nas operações Leite Compensado, que saíram do ramo. A Santa Rita entrou no mercado no ano passado, que foi apertado de margens, mas estão trabalhando para solucionar os problemas financeiros que enfrentam.

JC – Há perspectiva de solução dessa situação?

Guerra – Essas empresas estão trabalhando para buscar a viabilidade. Tivemos agora a entrada da Lactalis e da Italac, que adquiriram ativos da LBR. É um momento de transição da cadeia que logo a frente se ajusta.

JC – O que levou aos baixos resultados?

Guerra – O ano de 2013 foi muito bom e a produção aumentou, mas começamos 2014 com valores mais apertados e elevação nos custos, tanto para as indústrias quanto para os produtores. Ao longo do ano, a expectativa de recuperação dos preços não aconteceu e, no final do ano, a queda de preço foi ainda maior. Esse problema atingiu todo o mercado nacional, inclusive o internacional, cujos valores não chegaram aos patamares que antes eram atingidos. Foi uma dificuldade de mercado, da lei da procura e da oferta.

JC – Aumentou a produção?

Guerra – A produção do leite cresceu mais em 2014, levando, em alguns casos, à disputa de um mesmo mercado. Ainda não temos os números do setor fechados para 2014, mas a perspectiva é a de que o consumo tenha crescido 2%, e a produção nacional, 5%. No Rio Grande do Sul o aumento foi de 7%, mas toda a nossa produção é comercializada. Obviamente que 60% do que produzimos vai para fora do Estado.

JC – O Sindilat também tem relatos de estados que não estão comprando leite gaúcho?

Guerra – Pode até ter ocorrido dificuldade em alguns momentos de turbulência, de divulgação de fraudes, mas não é o caso agora. O produto está entrando em outros estados.

JC – Quais são as perspectivas para o setor em 2015?

Guerra – A perspectiva é a de que seja um ano apertado também. O consumo tende a subir, esse é o dado positivo. Hoje, nosso consumo está em 178 litros per capita. Se conseguíssemos aumentar esse volume em 20 litros precisaríamos ter outro estado do Rio Grande do Sul produzindo. É importante atentar também que há o mercado internacional que podemos atingir. A China e África estão elevando o consumo de leite.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=184438

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas