Seminário debate a cadeia produtiva do leite em Palmitinho

Mais de 270 produtores, lideranças e entidades envolvidas no setor participaram do evento, promovido pela Emater/RS-Ascar e Prefeitura.
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O cenário atual e as perspectivas para o futuro da atividade leiteira fizeram parte do debate realizado ontem (22/09), nas dependências do Hotel Duarte, em Palmitinho, durante o Seminário Municipal da Cadeia Produtiva do Leite. Mais de 270 produtores, lideranças e entidades envolvidas no setor participaram do evento, promovido pela Emater/RS-Ascar e Prefeitura.

No RS a atividade leiteira está presente em 467 municípios, o que significa a presença da produção de leite em escala comercial em 94% dos municípios gaúchos. Nas regiões Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea a atividade está presente nos 42 municípios. Em Palmitinho, são cerca de 400 famílias envolvidas na atividade. O município produz mais de 36 mil litros de leite por mês, e em torno de 12 milhões no ano. A proposta do Seminário faz parte de uma série de ações que o município vem desenvolvendo para fomentar a atividade leiteira.

A gestão da atividade leiteira foi o primeiro tema trabalhado no Seminário pelo assistente técnico regional de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti. Segundo ele, três fatores são imprescindíveis para o desenvolvimento da atividade da porteira para dentro, gestão da atividade, qualidade do leite e escala de produção. Sangaletti destacou ainda outros aspectos necessários para o gerenciamento da atividade, como o controle de gastos e do custo de produção, a mão de obra familiar, otimização das áreas, entre outros.

O manejo reprodutivo e as doenças reprodutivas do rebanho leiteiro foram abordados pelo médico veterinário e coordenador do programa de melhoramento genético da Select Sires do Brasil, Rafael Fernandes. O veterinário afirmou que a eficiência reprodutiva é um dos fatores que mais influenciam o sucesso econômico da atividade.

Para motivar os produtores de leite e fomentar a atividade o produtor Nivaldo Michetti, que mora no Mato Grosso e trabalha há mais de 20 anos na atividade, contou sua história e como a produção de leite mudou sua vida. «A atividade leiteira é a melhor atividade para os produtores do campo, para geração de renda. Eu melhorei de vida com ela», enfatizou Nivaldo. O produtor ressaltou ainda, que é preciso gostar e investir na profissionalização. «O quanto eu produzo em litros de leite não é tão importante quanto o custo que eu tenho sobre cada litro produzido. Aí está o segredo do sucesso da atividade».

Autoridades locais participaram do Seminário, que mobilizou todas as comunidades rurais de Palmitinho. O gerente do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Francisco Frizzo, salientou que a atividade leiteira é a mais importante do setor agropecuário para a região, entretanto, precisa evoluir em algumas propriedades. «Precisamos desses momentos para crescer na atividade, pois a produção leiteira é a mais atrasada do setor agropecuário brasileiro. Se nós não fizermos nada vamos assistir a milhares de pequenas propriedades abandonando a atividade. Com gestão e profissionalismo, planejamento, qualidade e escala é possível reverter esse cenário», afirmou.

O prefeito de Palmitinho reiterou a fala de Frizzo. «Só vai ficar na agricultura quem for profissional. Precisamos profissionalizar e qualificar os produtores. Por isso, a administração vem investindo na bacia leiteira do município. Nossa intenção é aumentar de 30 a 40% a produção de leite», enfatizou.

Inúmeras ações vêm fomentando a atividade leiteira em toda a região. No dia 23 de outubro, durante a Feira Regional da Agricultura Familiar, Agroindústria, Artesanato e Biodiversidade, acontece o Seminário Regional da Bovinocultura de Leite, espaço que continuará o debate sobre as perspectivas da atividade leiteira na região. O evento inicia às 9h, na Ecco Eventos, ao lado do Parque de Exposições Monsenhor Vitor Batistella, em Frederico Westphalen.

Fonte: Emater – RS

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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