Sem o campo não há futuro

“Empreender é significa dentre outras coisas, realizar, transformar rotinas em resultados e solucionar problemas com criatividade e viabilidade.”
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“Empreender é significa dentre outras coisas, realizar, transformar rotinas em resultados e solucionar problemas com criatividade e viabilidade.” Com esta frase o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Artur Chinelato de Camargo iniciou sua palestra sobre como empreender na produção de leite, sendo assistido pelos mais de 200 participantes do 2º Encontro Pan-americano de Jovens Produtores de Leite, que terminou hoje, em Juiz de Fora (MG). O evento foi realizado pela Federação Pan-Americana de Produtores de Leite (Fepale), pelo Sistema OCB e pela Embrapa Gado de Leite.

Chinelato estimulou os jovens com informações sobre as oportunidades que o mercado lácteo tem diante de si. “Todos os dias, estima-se que 200 milhões de pessoas nascem no mundo. Isso quer dizer que temos de produzir, mais, aumentando nossa produtividade, pois precisamos alimentar essa gente e aproveitar a grande oportunidade que temos”, comenta.

Além disso, o pesquisador também disse que os países localizados entre os trópicos de capricórnio e câncer têm tudo para figurar da lista dos maiores produtores de mundo. “Nós temos terra, água, clima e saúde animal. Só precisamos juntar tudo isso e crescer, afinal, sem o campo não há futuro”, comenta. Atualmente, o maior produtor lácteo no mundo é a Nova Zelândia, responsável por 1/3 de todo o leite consumido ao redor do planeta.

BALDE CHEIO – Chinelato apresentou técnicas e estudos de fontes variadas comprovando que podem ser utilizadas pelos jovens para aumentar a produtividade de seus rebanhos e a competitividade de suas fazendas. Dentre elas a formação de piquetes, cobertura de solo e, também, o programa Balde Cheio, coordenado por ele.

O Balde Cheio é uma metodologia inédita de transferência de tecnologia que contribui para o desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares. Seu objetivo é capacitar profissionais de extensão rural e produtores, promover a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente e monitorar os impactos ambientais, econômicos e sociais, nos sistemas de produção que adotam as tecnologias propostas.

A capacitação e a troca de informações ocorrem na propriedade rural, que se torna uma sala de aula, chamada de unidade demonstrativa (UD). Além disso, a programação inclui aulas teóricas, tanto a extensionistas como a produtores, na Embrapa Pecuária Sudeste e nas propriedades selecionadas. A partir da estruturação da propriedade com base nas orientações do projeto, a unidade demonstrativa passa a ser uma referência na região.

ORGULHO – Foi com o intuito de despertar no jovem o orgulho de ser produtor de leite, que Nivaldo Michetti, um ícone da agropecuária nacional, ministrou a palestra final do encontro. Ele contou sua história de vida aos jovens, motivando-os a permanecer na atividade leiteira. “No passado, também fui beneficiado por conhecimentos transmitidos por outras pessoas. Sinto-me honrado em passar minha experiência e motivar os interessados”, enfatizou.

Em 1990, quando ele deu início à produção láctea, no município de Santana do Itararé (PR), descobriu que o a região não tinha tradição nesta área. “Eu produzia 36 litros de leite/dia e era o maior produtor da região. Isso quer dizer que não havia outros produtores próximos, nem assistência técnica para buscar informações”, relembra.

O resultado desta falta de apoio foi a adoção de práticas com muito esforço e pouco retorno. “Achava que as vacas deveriam comer no cocho o ano inteiro e então eu cortava a pastagem para elas. Uma vez calculei que carregava por ano 11 mil balaios com a forrageira”.

Em 1997, começou a receber assistência técnica e adotou o pastejo rotacionado, suplementação com cana, ureia e fonte de enxofre e investiu corretamente no melhoramento do rebanho. “Tudo isso é alta tecnologia o que reduz o esforço do trabalho e aumenta a renda”, argumenta o produtor.

Para finalizar, Michetti afirmou que “produzir leite requer persistência e especialização, ou seja, é necessário conhecer a atividade para torna-la rentável”.

 

http://encontro.brasilcooperativo.coop.br/blog/2015/10/01/sem-o-campo-nao-ha-futuro-afirma-pesquisador-da-embrapa/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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