Sem moeda podre no caixa

Medida que permite às indústria de leite recuperar crédito presumido acumulado desde 2010 depende, agora, apenas de regulamentação
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Gisele Loeblein
Será agora questão de tempo de regulamentação. Ou seja, para ter efeito prático, a medida que permite às indústrias de leite recuperar crédito presumido (a chamada monetização do crédito) acumulado desde 2010, depende só das regras – que, espera-se, não demorem anos para sair. Longa batalha do setor, a possibilidade de resgatar, em dinheiro, os créditos acumulados, é uma mudança trazida com a sanção da medida provisória 668. Na visão dos defensores do projeto, é um mecanismo importante para que as empresas tenham fôlego financeiro. Autor da emenda original, o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) avalia que esse recurso poderia ter ajudado a salvar muitas indústrias que, ao falirem ou entrarem em recuperação judicial, trouxeram prejuízo também para os produtores de leite:

– Esse crédito dá um capital de giro. A LBR (empresa atualmente em recuperação judicial) tinha, até 2013, cerca de R$ 500 milhões em haver.

Na prática, as operações de aquisição da matéria-prima geravam crédito presumido para as indústrias (de PIS/Cofins calculado sobre 60% do valor total da compra). Essa quantia, explica o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini, era computada no balanço, mas não entrava de fato no caixa. Por isso era chamada de moeda podre.

Na negociação para a emenda da medida provisória, reduziu-se o percentual de cálculo de 60% para 50%. Os latícinios também terão de fazer uma contrapartida, aplicando no mínimo 5% dos recursos para ações de assistência técnica.

– Vejo como uma vitória do setor. E irá fomentar a assistência técnica – afirma Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.

A entidade deverá fazer levantamento do quanto as empresas gaúchas teriam a receber de 2010 para cá. Outra ponto importante da medida é que, a partir de agora, as cooperativas também poderão fazer esse resgate.

Caberá aos ministérios da Fazenda e da Agricultura a tarefa de regulamentar. Para o setor, quanto antes sair, melhor.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/campo-e-lavoura/noticia/2015/06/gisele-loeblein-sem-moeda-podre-no-caixa-4787854.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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