# Rebanho bovino cresce 1,6% e chega a 212,8 milhões de cabeças

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O efetivo nacional de bovinos chegou a 212,8 milhões de cabeças, em 2011, um aumento de 1,6% em relação a 2010, com maiores concentrações no Centro-Oeste, Norte e Sudeste, segundo a pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM) 2011, divulgada hoje pelo IBGE. O rebanho de bubalinos cresceu 7,8%, nesse perí­odo, totalizando 1,3 milhão de cabeças, concentradas no Pará (38,0%), Amapá (18,4%) e Maranhão (6,5%).

Já o efetivo de equinos foi de 5,5 milhões de cabeças, apresentando estabilidade. Ainda entre os animais de grande porte, apresentaram declí­nio de rebanho (- 0,7%), tanto os asininos quanto muares. Dentre os animais de médio porte, suí­nos tiveram variação positiva (0,9%) e caprinos (0,8%), enquanto ovinos apresentaram o maior crescimento (1,6%). Dentre os de pequeno porte, cresceram galináceos (2,2%), coelhos (3,2%), com destaque para o crescimento do efetivo de codornas (19,8%).

Quanto aos produtos de origem animal, registraram-se, entre 2010 e 2011, aumentos na produção de leite e de ovos de galinha (ambos 4,5%), de ovos de codorna (12,1%), de mel de abelha (9,4%) e de lã (1,4%). A única produção que teve retração foi a de casulos do bicho-da-seda (-11,8%). Já a produção de leite bovino chegou a 32 bilhões de litros, em 2011, um acréscimo de 4,5% em relação a 2010.

Rebanhos de bovinos e búfalos crescem, rebanho de equinos fica estável, enquanto asininos e muares caem

O rebanho bovino brasileiro fechou 2011 com um crescimento de 1,6% em relação a 2010 (209,5 milhões), totalizando um efetivo de cerca de 212,8 milhões de cabeças (os efetivos referem-se aos rebanhos existentes em 31 de dezembro de 2011, enquanto as produções são relativas ao ano de 2011). Em 2011, o Brasil ocupava a 2ª posição mundial em rebanho de gado bovino, atrás da índia, cujo rebanho era de 324, 5 milhões, cerca de 1,5 vezes maior que o brasileiro, porém não é um rebanho comercial e inclui búfalos. Na sequíªncia, destacaram-se China e os Estados Unidos.

O rebanho estava assim distribuí­do por região: Centro-Oeste (34,1%), Norte (20,3%), Sudeste (18,5%), Nordeste (13,9%) e Sul (13,1%). O estado do Mato Grosso (13,8%) possuí­a o maior efetivo de bovinos, seguido por Minas Gerais (11,2%), Goiás (10,2%) e Mato Grosso do Sul (10,1%). Os dez principais estados onde se criam bovinos concentravam 81,1% de todo o efetivo nacional.

O crescimento do rebanho bovino ocorreu com maior intensidade, entre 2010 e 2011, nas regiões Nordeste (2,9%), Sudeste (2,8%) e Norte (2,7%), onde se destacaram os crescimentos de Pará e Rondí´nia. Em termos municipais, São Félix do Xingu (PA) detinha o maior número de animais ou 1,0% do efetivo nacional, seguido por Corumbá (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS). Esses municí­pios conservaram, em 2011, as mesmas posições ocupadas em 2010. Destaque para o ganho de posição de Altamira (PA), que passou da 28ª para a 12ª posição, em 2011.

O efetivo de bubalinos (búfalos), em 2011, foi de 1,3 milhão de cabeças, um aumento de 7,8% sobre 2010. Os búfalos concentravam-se no Norte e Nordeste do paí­s, sendo os maiores efetivos registrados no Pará (38,0%), Amapá (18,4%) e Maranhão (6,5%).

Os municí­pios de Chaves (PA), Cutias (AP) e Soure (PA) eram aqueles que detinham os maiores efetivos de bubalinos. Os 20 principais municí­pios criadores de búfalos representam 52,4% do plantel nacional desta espécie.

O efetivo de equinos (cavalos, éguas) foi de 5,5 milhões de cabeças, em 2011, apresentando certa estabilidade em relação a 2010 (-0,1%). O plantel encontrava-se concentrado no Sudeste (24,4%) e no Nordeste (24,3%). Os maiores efetivos encontravam-se nos estados de Minas Gerais (14,3%), Bahia (10,1%) e Rio Grande do Sul (8,6%).

O efetivo de asininos (jumentos, jegue, asnos), em 2011, foi de 974,5 mil animais, uma queda de 2,7% em relação a 2010. O efetivo destes animais encontrava-se bastante concentrado no Nordeste do paí­s, especialmente Bahia (26,1%), seguida de Ceará (19,8%) e Piauí­ (12,2%). Os municí­pios de Petrolina (PE), Feira de Santana (BA) e Boa Viagem (CE) eram aqueles que tinham os maiores efetivos.

O efetivo de muares (burros, mulas) apresentou leve queda percentual com relação ao registrado em 2010. No total, eram 1,3 milhão de cabeças. O Estado da Bahia participava com 21,6% do efetivo nacional, seguido por Minas Gerais (12,4%) e Pará (8,3%). Destacaram-se os municí­pios de São Félix do Xingu (PA), Novo Repartimento (PA) e Una (BA).

Animais de médio porte: crescem suí­nos e ovinos, enquanto caprinos ficam estáveis

O efetivo de suí­nos (porcos, porcas, leitões) teve aumento de 0,9%, em 2011, relativamente a 2010. Foram registrados 39,3 milhões de cabeças desta espécie, incluindo neste número 4,806 milhões de porcas criadeiras (12,2% do total), que mantiveram certa estabilidade de seu rebanho (-0,1%) comparativamente a 2010.

O maior efetivo de suí­nos encontrava-se no Sul do paí­s (48,6%). Santa Catarina participava com 20,3% de todo o efetivo nacional, seguida por Rio Grande do Sul (14,4%), Paraná (13,9%) e Minas Gerais (12,8%).

Os municí­pios detentores dos maiores rebanhos de suí­nos eram Uberlí¢ndia (MG), Rio Verde (GO), Toledo (PR) e Concórdia (SC), onde existem grandes frigorí­ficos. Merece destaque o ganho de posições de Marechal Cí¢ndido Rondon (PR) que passou da 30ª posição em 2010 para a 5ª posição em 2011 devido ao surgimento de novas granjas.

O efetivo de caprinos (bodes, cabras) foi de 9,3 milhões de cabeças em 2011, registrando uma quase estabilidade comparada ao número observado 2010. A Bahia detinha 29,2% do efetivo desta espécie, sendo seguida por Pernambuco (20,5%) e Piauí­ (14,7%). Os cincos estados com os maiores plantéis concentravam 81,8% do total nacional. Os municí­pios com os maiores efetivos de caprinos eram Casa Nova (BA), Floresta (PE) e Sertí¢nia (PE), que subiu duas posições na colocação nacional. Juazeiro (BA), por sua vez, teve queda de duas posições. Os 20 maiores municí­pios concentravam 22,6% do efetivo nacional.

O efetivo de ovinos (ovelhas, carneiros) foi de 17,6 milhões de cabeças, representando aumento de 1,6% sobre o número registrado em 2010. O estado do Rio Grande do Sul detinha 22,6% do rebanho nacional. Na sequíªncia, vinham Bahia (17,4%) e Ceará (12,1%). No Rio Grande do Sul, a principal finalidade do rebanho é a produção de lã, enquanto no Nordeste é a produção de carne. Os cinco primeiros estados representavam 70,6% do efetivo nacional de ovinos.

Em termos municipais, destacaram-se Santana do Livramento, Alegrete e Uruguaiana (todos no RS) e Casa Nova (BA). Uruguaiana (RS) subiu posições com relação a 2010, quando ocupava a 5ª colocação nacional. São Gabriel (RS) também ganhou posições, passando da 12ª, em 2010, para a 7ª, em 2011. Os 20 primeiros municí­pios com os maiores efetivos concentram 18,2% do efetivo brasileiro.

Animais de pequeno porte: galináceos, codornas e coelhos cresceram, com destaque para codornas (19,8%)

O efetivo total de galináceos (galinhas, galos, frangos, frangas, pintos) foi, em 2011, de 1,266 bilhão de unidades, um aumento de 2,2% sobre o total registrado em 2010. Deste efetivo, parte correspondia a galinhas (17,1%) e o restante a galos, frangos(as), pintos. Em relação a este último, Paraná detinha o maior efetivo, (22,3%). Os maiores efetivos municipais, por sua vez estavam localizados em Pará de Minas (MG), que ocupava em 2010 a 4ª posição, Rio Verde (GO) e Amparo (SP). Destaca-se, também, Uberlí¢ndia (MG), que passou da 22ª posição para a 6ª, em 2011.

O efetivo de galinhas cresceu 2,6%, em 2011, com o registro de 216,2 milhões de animais, sendo São Paulo (20,7%) o estado com o maior plantel, seguido pelo Paraná (11,6%) e Minas Gerais (10,0%).

Bastos (SP), Santa Maria do Jetibá (ES), Primavera do Leste (MT) e Itanhandu (MG) compunham o ranking dos municí­pios brasileiros com os maiores efetivos. A produção de galinhas mostrava-se bastante dispersa pelo território, com os 20 maiores efetivos municipais representando apenas 23,8% do total nacional.

Dentre os efetivos de animais, codornas (19,8%) apresentaram, em 2011, o maior crescimento. As maiores criações de codornas estavam em São Paulo (46,4%), seguido por Santa Catarina (11,3%), Espí­rito Santo (11,1%) e Minas Gerais (7,2%).

Bastos (SP), Iacri (SP), Santa Maria de Jetibá (ES), Videira (SC) e Parapuã (SP) foram os municí­pios com os maiores efetivos municipais.

O efetivo de coelhos chegou a 233,6 mil unidades, em 2011, crescimento de 3,2% sobre 2010. O maior efetivo desta espécie encontrava-se no Rio Grande do Sul (40,3%), no Paraná (17,9%) e em Santa Catarina (16,7%), totalizando a Região Sul do paí­s 74,9% de todo o efetivo nacional. Em termos municipais, o detentor do maior efetivo nacional foi Araricá (RS), que tem como principal atividade a criação e comercialização de matrizes, coelhos para abate e lojas de pequenos animais. Em seguida, apareciam Mogi das Cruzes (SP) e Paula Freitas (PR). Os 20 primeiros municí­pios representam 24,3% do plantel brasileiro.

Produção de leite cresce 4,5% em 2011, com ganho de 3,1% na produtividade

A produção total de leite registrada pela Pesquisa foi de 32,0 bilhões de litros em 2011, aumento de 4,5% em relação a 2010. Deste total, 67,9% foram adquiridos pelas indústrias de laticí­nios que funcionam sob inspeção sanitária, segundo a Pesquisa Trimestral do Leite (IBGE). O restante desta produção deve-se ao auto-consumo, produção artesanal de queijos e derivados, perdas, etc. Destacaram-se Minas Gerais, com participação de 27,3% na produção, seguido pelo Rio Grande do Sul (12,1%), Paraná (11,9%) e Goiás (10,9%). Estes estados concentraram 62,1% de todo o leite produzido no paí­s.

Comparando-se as produções obtidas em 2011 e 2010, merecem menção os crescimentos de produção de leite de vaca em Goiás (9,0%), Rio Grande do Sul (6,8%), Paraná (6,2%) e em Minas Gerais (4,4%), assim como as reduções de 12,0%, registrada em Rondí´nia, e de 4,6%, na Bahia, além da quase estabilidade da produção paulista.

Os tríªs municí­pios maiores produtores de leite no Brasil em 2011 foram Castro (PR), Patos de Minas (MG) e Jataí­ (GO), assumindo as mesmas posições ocupadas no ano anterior. Carambeí­ (PR) passou da 12ª para a 5ª colocação nacional na produção de leite, em função da expansão da atividade leiteira para atender í  demanda da indústria láctea local. Em sentido oposto Piracanjuba (GO) teve queda no número de posições, passando da 4ª posição em 2010 para a 7ª em 2011. Observou-se ganho de produtividade de leite em torno de 3,1%, em 2011, relativamente a 2010. A produtividade nacional média de leite foi de 1 382 litros/vaca/ano.

Produções de ovos, lã e mel crescem, enquanto caem casulos de bicho da seda

A produção de ovos de galinha foi de 3,3 bilhões de dúzias de ovos, em 2011, 4,5% superior í  registrada em 2010. Os preços, nessa comparação, tiveram aumento de 6,1%, passando de R$ 1,77 para R$ 1,87 a dúzia. São Paulo, Paraná e Minas Gerais representavam, respectivamente, 26,0%; 11,5% e 10,8% da produção nacional. Os municí­pios de Bastos (SP), Santa Maria de Jetibá (ES), Itanhandu (MG) e Primavera do Leste (MT) eram aqueles com as maiores produções em termos nacionais.

A produção de ovos de codorna foi, no ano de 2011, de 260,4 milhões de dúzias, equivalente a aumento de 12,0% sobre o volume registrado em 2010. O preço médio do produto teve aumento de 5,8%, de um ano para o outro, passando de R$ 0,78 para R$ 0,83 a dúzia em 2011. São Paulo era o maior produtor de ovos de codorna do paí­s, contribuindo com 60,4% do total nacional. O Espí­rito Santo (10,1%) vinha em segundo lugar, e em terceiro Minas Gerais (8,5%). Em termos municipais, as maiores produções estavam em São Paulo: Bastos, Iacri e Parapuã.

A produção de lã teve aumento de 1,4%, em 2011 frente a 2010. Foram registradas 11,8 mil toneladas do produto, com valorização de 35,9% no preço (de R$ 4,39 para R$ 5,96 o quilo). Os municí­pios de Santana do Livramento, Alegrete e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, apresentaram as maiores produções nacionais. Tomando por base os 50 primeiros municí­pios em produção de lã, verifica-se que todos estão no Rio Grande do Sul, ratificando a importí¢ncia deste estado.

A produção de mel, em 2011, foi 41,5 mil toneladas, sendo 9,4% maior neste ano do que aquela registrada no ano anterior. O preço, por sua vez, teve recuo de aproximadamente 3,0% no comparativo entre estes dois anos. O Rio Grande do Sul representava 16,8% da produção nacional de mel, seguido pelo Paraná (12,5%) e pelo Piauí­ (12,3%). Em termos municipais, destacavam-se Araripina (PE), Limoeiro do Norte (CE) e Picos (PI).

A produção nacional de casulos do bicho-da-seda foi de 3,2 mil toneladas no ano de 2011. Este número indica uma queda na produção de 11,8% relativamente ao ano de 2010. A desistíªncia de produtores paulistas em manterem-se na atividade devido ao baixo retorno econí´mico foi a principal causa desta queda, que em São Paulo foi de 44,2%, e no Paraná, 7,7%. Em termos de preços assistiu-se uma elevação no quilo do produto negociado no mercado nacional em torno de 25,0%. As produções desta espécie só foram realizadas em 3 estados: Paraná (91%), São Paulo (5,8%) e o Mato Grosso do Sul (3,1%). Dentre os municí­pios com as maiores produções, destacavam-se Nova Esperança, com 14,0% da produção nacional, Alto Paraná e Astorga, no Paraná.
http://www.jb.com.br/economia/noticias/2012/10/18/ibge-rebanho-bovino-cresce-16-e-chega-a-2128-milhoes-de-cabecas/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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