A última pesquisa do Rabobank sobre as maiores companhias de lácteos do mundo destaca não somente «quem é quem na indústria de lácteos», mas também, o contínuo aumentou de atividades de fusões, aquisições e tensões entre o passado e o futuro da indústria de lácteos. A capacidade dessas companhias de responder a mudanças nas diní¢micas globais determinará suas previsões de sobrevivíªncia e sucesso nos próximos anos.
A pesquisa sobre as maiores companhias de lácteos do mundo (classificadas por vendas de produtos lácteos) tíªm algumas características familares. Nestlé e Danone continuam no topo da lista e 18 das 20 companhias são as mesmas do ranking do ano anterior.
Top 20 companhias mundiais de lácteos, 2012
Nota: Dados de vendas são vendas de lácteos somente, baseadas em finanças de 2011 e transações de fusões e aquisições completadas entre 1 de janeiro e 15 de junho de 2012; aquisições pendentes que não estão incluídas nas vendas de lácteos são a aquisição da Pfizer pela Nestlé, a aquisição da IDB Belgium pela FrieslandCampina e a aquisição da Milk Link e Milch-Union Hocheifel pela Arla Foods.
Entretanto, a pesquisa também demonstrou algumas mudanças significativas. A mudança mais notável é o contínuo aumento da Lactalis. Com o atual crescimento nas vendas e a aquisição da Parmalat e Skí¥nemejerier, a Lactalis mudou da quarta para a terceira posição e agora está bem próximo da Danone. Porém, as maiores mudanças na tabela foram feitas pelos gigantes chineses. Tendo entrado pela primeira vez no Top 20 em 2010, a Yili subiu quatro posições para a 15ª e a Mengiu subiu duas posições para o 16ª, demonstrando o crescimento nas vendas no mercado doméstico.
Apesar desse aumento nas companhias chinesas, a lista das 20 maiores companhias de lácteos do mundo continua sendo baseada em países da OCDE. O local de 18 das 20 companhias são União Europeia (UE), América do Norte, Japão ou Nova Zelí¢ndia.
Como divulgado no relatório do Rabobank de janeiro de 2011 «Show me the money», o crescimento deverá desacelerar nesses mercados de lácteos tradicionais nos próximos cinco anos, í medida que a indústria enfrenta problemas econí´micos e demográficos, níveis já altos de consumo de lácteos, sobrepeso dos consumidores e preocupações com relação aos custos dos lácteos. Em contraste, mercados emergentes com China, Sudeste da ísia, índia e América Latina, deverá haver um crescimento nas vendas, com tendíªncias quase opostas.
Essas diní¢micas víªm se desenvolvendo há algum tempo e muitas das maiores companhias de lácteos do mundo víªm trabalhando para garantir sua posição e para sobreviver mercado que está mudando. Aquelas que estão menos bem posicionadas estão agora agindo rapidamente para permanecer no ranking. A maioria está trabalhando duro para arquirir produtos, marcas e competíªncias para construir suporte em novos mercados de crescimento. Hoje, 16 das 20 maiores companhias de lácteos tíªm investimentos no processamento na ísia e/ou América Latina; 15 delas tíªm investimentos na China.
Porém, um crescente senso de urgíªncia entrou no jogo, í medida que os mercados tendem a acelerar, aquisições ou fusões diminuem o campo alvo restante. Nos últimos 18 meses, muita das aquisições/fusões cruzaram fronteiras. A maioria das companhias do Top 20 comprou outra companhia ou entrou em joint ventures para fortalecer sua posição durante esse período. As medidas mais significantes incluem:
– Aquisição pela Nestlé da divisão de nutrição da Pfizer, para obter melhor entrada no setor de rápido crescimento de nutrição infantil nos mercados emergentes;
– Aquisição pela Lactalis da Parmalat, dando acesso a vários novos mercados ao redor do mundo;
– Aquisição pela FrieslandCampina da Alaska Milk nas Filipinas, expandindo as base no mercado de rápido crescimento;
– Fusão proposta pela Arla com a Milk Link no Reino Unido, e com a Milch-Union Hocheifel na Alemanha, consolidando sua presença no norte da Europa;
– Aquisição pela canadense Saputo da fabricante de queijos dos Estados Unidos DCI para aumentar seu portfólio de produtos no mercado de queijos dos Estados Unidos;
– Aquisição pela Mí¼ller da Robert Wiseman Dairies, no Reino Unido, e uma joint venture com a PepsiCo nos Estados Unidos para cobrir a crescente categoria de iogurtes nos Estados Unidos.
A expectativa é que as companhias continuem buscando vigorosamente fusões e aquisições nos próximos 12 meses í medida que competem por crescimento e lucros em um ambiente de mercado que passa por mudanças.
A matéria é do Rabobank