#Queijarias do Jaguaribe buscam modernização

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Tradicional produto do tipo coalho acompanha as exigências que apontam para novos manejos de fabricação

 

Jaguaribe Embrapa está criando um selo de certificação geográfica para o queijo coalho de Jaguaribe, de modo a impedir que produtos que não sejam fabricados no município sejam comercializados como sendo de origem local. Além disso, os produtores estão optando pela modernização do setor, como forma de ampliar o mercado consumidor no País.

 

A cadeia produtiva do queijo coalho envolve criadores, pequenos e grandes queijeiras, sendo responsável pela geração de 2.500 empregos diretos e possui uma receita mensal de cerca de R$ 3 milhões, somente com a venda do queijo. A oferta de outros derivados do leite também é forte no setor fotos: ellen freitas

 

«Nosso produto já possui uma tradição no País, mas ainda competimos muito com produtos de outros Estados do Nordeste, que vendem no mercado cearense produtos rotulados como sendo do Jaguaribe e isso prejudica a competitividade», diz o presidente da Associação dos Produtores de Leite e Queijo de Jaguaribe (Queijaribe), Sérgio Campelo.

 

Nos dois últimos dias, produtores de leite e queijo de diversos municípios do Baixo Jaguaribe e de outras regiões do Estado se encontraram neste município para participarem do VII Festival do Queijo, realizado pela Queijaribe), Sebrae e Prefeitura de Jaguaribe. O Intuito do evento foi reunir produtores e proporcionar novos negócios, além de celebrar a iguaria local com concursos gastronômicos.

 

A fabricação de queijo e derivados é a principal atividade econômica deste município, que é a segunda maior bacia leiteira do estado do Ceará.

 

Mesmo com a forte estiagem dos últimos três anos, que afetou diretamente a produção do leite, reduzindo a produção, os criadores ainda conseguem produzir 70 mil litros de leite por dia.

 

Segundo dados da Queijaribe, 88,8% do leite produzido no município vai para produção do queijo coalho em 66 laticínios locais e o restante segue para consumo humano.

 

A cadeia produtiva do queijo coalho, que envolve criadores, pequenos e grandes queijeiras, é responsável pela geração de 2.500 empregos diretos e possui uma receita mensal de cerca de R$ 3 milhões, somente com a venda do queijo.

 

Sobre o selo a ser criado pela Embrapa, Campelo afirma que isso já existe com outros produtos. «Só vem a agregar valor ao nosso queijo que, tradicionalmente, possui um sabor especial, o que o diferencia dos demais fabricados em outras regiões», ressaltou.

 

Conscientização

 

Segundo o presidente, o grande desafio do setor está na modernização dos laticínios existentes no município. Das cerca de 70 fábricas, apenas 30 estão legalizadas e outras 15 estão em processo. «Esse é um trabalho muito difícil, o de conscientização dos produtores. Eles acabam pensando que legalizar vai gerar muito custo, impostos, mas tem o lado positivo, que ele está vendendo de acordo com a legislação e isso pode evitar que alguma queijeira seja fechada pelos órgãos de fiscalização», ressalta Campelo.

 

Para contribuir com o processo de modernização dos laticínios de Jaguaribe, o Escritório Regional do Sebrae, no Vale do Jaguaribe, com sede em Limoeiro do Norte, atua há 10 nos diretamente com os produtores, dando orientações e viabilizando modernização para elevar a qualidade do produto, bem como qualificar e estruturar os laticínios segundo as normas e capacitar os produtores no processo de fabricação ao gerenciamento.

 

«No começo foi muito difícil, eles tinham receio de que entrássemos nas suas queijeiras, mas hoje eles estão com a mente mais aberta, veem a importância de inovar, de agregar valor ao produto e eles nos procuram para darmos orientações sobre compra de equipamentos e estrutura dos laticínios», ressalta a Articuladora Regional do Sebrae, Wandrey Pires.

 

Incentivo

 

Além de Jaguaribe, o Sebrae tem atuado com o projeto de queijos e derivados no municípios de Morada Nova, Jaguaretama e Jaguaribara, no tocante a modernização, organização, e manipulação dos produtos. «Também atuamos em Limoeiro do Norte, além de Jaguaribe, com o objetivo de fortalecer, qualificar os produtores e modernizar o setor», ressalta Wandrey

 

Outro fator trabalho importante que também esta sendo realizado no município, envolvendo a tradição do queijo coalho é o incentivo ao consumo do produto em bares e restaurantes da cidade. O Sebrae, em parceria com a Prefeitura, está realizando cursos de capacitação com proprietário desses estabelecimentos para oferta de pratos à base de queijo coalho. «É uma forma de valorizar o trabalho dos produtores e a tradição que a cidade já possui», afirma ela.

 

O trabalho é feito desde o início do ano e já resultou em um Guia Gastronômicos de Jaguaribe, onde há informações sobre a produção de queijo coalho, a fabricação da renda filé, outra característica artesanal do município, um pouco da história do município e uma lista com bares e restaurantes, com destaque para os pratos à base de queijo.

 

O Festival do Queijo, realizado a 8 anos, também é uma oportunidade de negócios, onde produtores e empresas de equipamentos se reúnem para discutirem e expor inovações para o setor.

Mais informações

 

Associação dos Produtores de Leite e Queijo de Jaguaribe (Queijaribe)

Avenida 8 de Novembro, S/N

César Campelo

Telefone: (88) 9928 3736

 

 

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1345820

 

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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