Protestos de caminhoneiros afetam indústrias e geram desabastecimento

Estradas bloqueadas atrapalham entregas de produtos e população sofre sem abastecimento em várias cidades do Brasil.
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Os protestos afetam indústrias de vários setores e provocam desabastecimento em várias cidades.

Depois de dois dias de filas para abastecer, nesta terça-feira (24) os motoristas não encontraram gasolina em nenhum dos postos de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. Em outras cidades do estado, motoristas fazem fila para tentar abastecer.

“Nossa, está difícil. Não está fácil não. Faz tempo que eu estou na fila. Peguei lá embaixo”, conta a cabelereira Neide Amaral Monhoz.

Em Paranavaí, sobraram só botijões vazios. Quase todas as revendas estão sem gás. “Vou ter de ir para a casa da minha mãe. Mãe, você tem gás lá ou não?”, brinca a operadora de caixa Sirlei Silva.

Na Ceasa em Foz do Iguaçu é só encostar um caminhão carregado que começa a disputa.

“Essa é minha, ninguém pega. Sem chance», afirma uma mulher.

Duas unidades da Brasil Foods, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, estão sem funcionar no Paraná. Seis mil funcionários foram dispensados nesta terça-feira (24) e um milhão de aves deixaram de ser abatidas.

Também por causa dos bloqueios, laticínios do Sul do país tiveram de parar a produção. Faltam embalagens e espaço para armazenar os produtos já industrializados. Só o que é mostrado no vídeo, que é um dos maiores do Paraná, está deixando de receber por dia 280 mil litros de leite.

Seu Ilair há quadro dias não entrega leite ao laticínio. Como o produto não é pasteurizado, não pode ser doado. O jeito encontrado por ele foi jogar fora três mil litros de leite.

“Não vai ser só hoje que vamos jogar fora, vai ser amanhã e depois, até que não parar a greve, nós vamos ter que jogar fora o leite. Não temos como industrializar o leite” lamentou o produtor de leite Ilair Marca.

Em Santa Catarina, a coleta de leite foi suspensa nas propriedades rurais de todo o estado. O prejuízo estimado é de R$ 15 milhões por dia. De acordo com a Associação Catarinense de Supermercados, o produto começa a faltar em algumas lojas da região Oeste.

“Os nossos estoques existentes dentro do supermercado estão baixando e nós não temos como garantir esse abastecimento à população”, explica o presidente da Associação de Supermercados de Santa Catarina, Atanázio dos Santos Netto.

As estradas bloqueadas também atrapalham o escoamento da safra. Em Mato Grosso, um dos maiores estados produtores de grãos do Brasil e em Mato Grosso do Sul, os caminhões carregados não podem seguir viagem até os portos do Sudeste e do Sul do país. No porto de Paranaguá, no Paraná, só 10% da carga programada pode ser carregada nesta terça-feira (24).

A fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais, suspendeu a produção dos dois primeiros turnos desta terça-feira (24). Muitas peças estão paradas nas estradas. Os funcionários foram liberados.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/protestos-de-caminhoneiros-afetam-industrias-e-geram-desabastecimento.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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