# Projeto da UPF possibilita georreferenciamento e rastreabilidade do leite

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Portal disponibiliza informações aos produtores, indústria e órgãos de
fiscalização, com vistas a melhorar a qualidade do leite e a produtividade dos rebanhos.

o Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do paí­s, com mais de 3,634 bilhões de litros anuais, segundo dados do IBGE, significando 12% da produção nacional. São produzidos diariamente em torno de 9,956 milhões de litros de leite.

A produtividade também é uma das melhores do Brasil, chegando a 2.430 litros/vaca/ano. Na ponta em termos de produção e com potencial de ampliar ainda mais a competitividade, a preocupação volta-se também para a questão da qualidade. Um projeto desenvolvido pela Universidade de Passo Fundo (UPF), denominado «Georreferenciamento e rastreabilidade da cadeia do leite através de um Portal Vertical» pretende mudar o cenário e disponibilizar informações para toda a cadeia produtiva.

O projeto de pesquisa, encaminhado e aprovado em edital da Secretaria Estadual de Ciíªncia, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul, objetiva melhorar a qualidade do leite e de seus derivados, contribuindo com um melhor resultado econí´mico e social para os produtores, agroindústrias e consumidores. O trabalho tem a coordenação do professor Carlos Bondan, que também é coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle) da UPF, e participação de acadíªmicos do curso de Medicina Veterinária da UPF.

Portal e software
Bondan explica que com a criação das Instruções Normativas nº 51, de 2002, substituí­da pela nº 62, de 2011, foram estabelecidas no paí­s as diretrizes para promover a melhoria da qualidade do leite e garantir a segurança alimentar da população. A Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (Rbql) foi então constituí­da, e atualmente 10 laboratórios estão credenciados pelo Ministério da Agricultura para a prestação de serviços de análises na área. O Sarle é um desses laboratórios e analisa amostras de leite de cerca de 70 mil produtores, que estão ligados a diferentes cooperativas e indústrias de laticí­nios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Com a criação das Instruções Normativas, o Ministério da Agricultura
obriga as indústrias de laticí­nios a coletarem mensalmente amostras de leite cru de todos os produtores para realizar avaliação dos ní­veis de gordura, proteí­na, lactose, sólidos não gordurosos, contagem de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana total (CBT).

«Os resultados analí­ticos são obrigatoriamente enviados para as indústrias de laticí­nios e para o Ministério. As indústrias de laticí­nios, por sua vez, são responsáveis por repassar os resultados aos produtores, para que estes possam acompanhar a real situação do leite produzido em suas fazendas», explica Bondan. Entretanto, os produtores tíªm continuamente solicitado ao Sarle os resultados das análises, com vistas a terem o acesso mais rápido e facilitado. «Foi pensando nesse contexto que o Sarle viu a necessidade de criar mecanismos informatizados, como um portal vertical, gerenciado por um software», destaca.

Qualidade do leite e gerenciamento de rebanhos
O portal tem duas frentes de atuação: a disponibilização de dados
gratuitos da qualidade do leite e o gerenciamento de rebanhos, que
poderá ser contratado pelos produtores. Os resultados gerados a partir das amostras de leite são disponibilizados aos produtores e í  indústria de forma confidencial e imediatamente após a análise.

O portal vertical também terá o objetivo de georreferenciar e rastrear a qualidade do eite produzido nas fazendas, identificando quais os produtores, em quais municí­pios, microrregiões ou regiões encontram-se os problemas de qualidade e quais os problemas em questão. Bondan lembra que ao identificar um problema,
orientações de manejo serão encaminhadas ao produtor, via online, de forma individual.

O portal vertical possibilita também enriquecer as informações que
chegam ao setor leiteiro. O produtor, a partir do conhecimento da
qualidade e quantidade do leite produzido, terá condições de projetar o preço a ser recebido pelo leite. Os órgãos públicos, assim como as indústrias, terão a sua disposição informações rastreadas e
georreferenciadas, consideradas estratégicas para as polí­ticas de
qualidade do leite.

Quanto ao gerenciamento de rebanhos, os produtores que contratarem os serviços poderão contar com informações relacionadas í  produção, sanidade da glí¢ndula mamária, nutrição, reprodução e produção do rebanho. Para acessar os dados, terão um login e senha individuais.

O portal e o software são alimentados com informações do Sarle, do
Conseleite-RS (que disponibiliza o preço médio do perí­odo), das
indústrias e de instituições de ensino, pesquisa e extensão. O acesso ao portal pode ser feito pelo endereço www.sarle.upf.br.

Nesse espaço também estão disponí­veis informações sobre o clima, o preço do leite e das principais commodities que interessam ao setor leiteiro, além de notí­cias, informações técnicas e eventos.

Fonte: Universidade de Passo Fundo

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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