Os produtores e os industriais do leite aplaudem a legislação aprovada hoje em Conselho de Ministros, que prevíª contratos obrigatórios no sector, considerando que permite manter «uma relação estável e de confiança» entre as partes.
O presidente da Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL), Pedro Pimentel, afirmou hoje que os contratos no sector do leite permitirão «manter uma relação estável durante um período predefinido», garantindo que «os produtores escoam a matéria-prima e o industrial tem garantido o aprovisionamento».
Pedro Pimentel destaca o papel da contratualização, no í¢mbito do fim das quotas leiteiras, em 2015, que «iria provocar uma liberalização anárquica do mercado».
«Estamos a criar um conjunto de obrigações e de direitos para as duas partes. Cria estabilidade na relação», declarou o porta-voz dos industriais.
O presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep), Carlos Neves, corrobora que os contratos obrigatórios são «uma forma de estabelecer uma relação de confiança entre produtor e indústria, após o fim de quotas, que garantiam estabilidade».
«í‰ uma garantia de recolha do volume do leite produzido e, ao mesmo tempo, uma garantia de abastecimento pela indústria», acrescentou.
Para o presidente da Aprolep, esta medida «não é suficiente», reclamando a criação de um índice de referíªncia de preços, uma vez que a maior preocupação dos produtores tem a ver com o preço a que o leite é vendido, abaixo dos custos de produção.
http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO100903.html