Na Região das Missões, área com grão deve chegar a 5% do total plantado.
Trigo de duplo propósito é primeiro a ser semeado e último a ser colhido.
O plantio de trigo já começou no Rio Grande do Sul. Na Região das Missões, os agricultores que trabalham com o gado experimentam um cultivo de duplo propósito, que é desenvolvido para servir também como pastagem. Os pesquisadores garantem que, mesmo com o gado na lavoura, a produção de grãos de aproximadamente 30 sacas de hectares pode ser alcançada.
“Isso é muito bom porque o pessoal está apostando mais na produção, faz girar a economia e ao mesmo tempo tem a perspectiva de cobertura de solo. O solo não fica descoberto para a posterior produção da sojaâ€, diz o engenheiro agrí´nomo da Emater Rubens Tesche.
A área de trigo duplo propósito deve chegar a 5% do total plantado na Região das Missões. O tipo é o primeiro a ser semeado e o último a ser colhido. A safra se inicia um pouco mais tarde, no míªs de novembro, como mostra a reportagem do Campo e Lavoura, da RBS TV (confira no vídeo ao lado).
Nas terras do produtor rural Clóvis Copetti, no interior de Santo í‚ngelo, dos 200 hectares dedicados ao cereal, 40% da área já foi semeada com trigo de duplo propósito. í‰ a quarta safra que ele investe neste tipo de cultivo. Entre 30 e 40 dias depois de plantado, o gado já pode pastar. Entre as vantagens, segundo o agricultor, estão o alimento nutritivo para as vacas de leite, a boa cobertura de solo e a produtividade semelhante ao grão não pastejado. “A gente planta no cedo, tem a vantagem de poder guardar a semente em casa e também as vantagens de cobertura de solo, de nutrir o gadoâ€, explica.
De acordo com o engenheiro agrí´nomo da Emater, a semente serve para pequena, média e grande propriedade, apresentando um bom de desenvolvimento na Região das Missões. “O grão vem se desenvolvendo muito bem, se adequando ao clima, ao solo e ao sistema de produção dessa rotação. Ele oferece dois pastejos tranquilamente, chegando até tríªs. Isso é muito importante, porque dá uma boa qualidade de forragem e se traduz, no caso do leite, em produção de leite, e no caso do gado de corte em aumento de peso ou terminação do gado. E ainda a comercialização do grão vai pagar os custos de produção tranquilamenteâ€, diz Tesche.
Na Região Noroeste do estado, o plantio do trigo se intensificou nesta semana. A área semeada vai ter um aumento de 15% este ano. De acordo com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistíªncia Técnica e Extensão Rural (Emater), serão 263 mil hectares cultivados com o grão. O rendimento também deve ter um acréscimo, podendo a média estimada ultrapassar as quarenta sacas por hectare. Em todo o Rio Grande do Sul, há uma relativa tendíªncia í estabilidade quanto í área ocupada de trigo em relação ao ano passado, podendo ficar ao redor de um milhão de hectares.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/campo-e-lavoura/noticia/2013/06/produtores-do-rs-investem-em-trigo-que-tambem-serve-como-pastagem.html