Produtores de queijo artesanal querem regulamentação

Produtores de Queijo Artesanal querem crescer e ser mais respeitados. Para isso, reivindicam ajustes na Lei Federal que permitam a regulamentação, incentivem o comércio e consolidem a cadeia produtiva.
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As propostas para a criação de um marco regulatório foram debatidas, na última semana, no auditório do Sistema Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais), por produtores de queijo artesanal de várias partes do país, representantes do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artísitico Nacional) e do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), entre outros.

Ao final, foi elaborado um documento com as principais reivindicações que será encaminhado à ministra da Agricultura, Kátia Abreu.

O presidente da Faemg, Roberto Simões, fez a abertura do evento e lembrou a assinatura, naquele mesmo auditório, da Instrução Normativa 57, em 2013.

Na ocasião, a regulamentação da produção de queijos artesanais foi considerada importante avanço e conhecida como a alforria do queijo mineiro.

Ele destacou o engajamento do setor como fator essencial às conquistas: “Temos uma produção de altíssima qualidade, mas ainda há um longo caminho a percorrermos. O mais importante é a tomada de consciência da importância de se separar o produto artesanal do industrial. O caminho está aberto e faço votos que setor progrida cada vez mais”.

O presidente da Aprocan (Associação dos Produtores de Queijo da Serra da Canastra), João Carlos Leite, explicou que a legislação mineira é mais avançada do que a federal graças à Lei 20.549/12 que ajudou produtores a saírem da clandestinidade.

O problema é que está em curso uma nova proposta de RIISPOA (Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal) que representa um retrocesso, impedindo, por exemplo, que o queijo produzido por um Estado seja comercializado para outros.

“Além disso, submete o produto artesanal às mesmas exigências estruturais e burocráticas impostas ao queijo industrial” .

Na avaliação de João Carlos, o primeiro passo para a mudança é conscientizar a sociedade brasileira a respeito da importância do setor que gera milhares de empregos e bilhões de reais.

“Nosso movimento está chamando a atenção de outros Estados que passam pelos mesmos problemas”.

De acordo com o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), há 30 mil produtores de queijos artesanais no Estado e, de acordo, com o Ipea, 80 mil no país.

O produtor Manoel Dantas, da Paraíba, que trabalha com queijos artesanais há 33 anos, não consegue regularizar seu produto porque ele não se enquadra em nenhum tipo de queijo existente, como camembert ou francês. “Tem terroir e técnicas específicas de produção”.

A chefe do serviço de inspeção do Ministério da Agricultura em Minas Gerais, Nazareth Aguiar Magalhães, concorda sobre a relevância de se valorizar os queijos artesanais que têm sabores diferenciados e também seus produtores, ajudando-os a produzir um alimento inócuo à saúde.

Ela reconhece a dicotomia em relação à legislação federal e propõe que o produto seja reconhecido pelo RIISPOA (importante até para fins de exportação), mas que a parte regulatória fique a cargo dos Estados, em função das particularidades de cada região.

http://www.clicfolha.com.br/noticia/46914/produtores-de-queijo-artesanal-querem-regulamentacao

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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