Produtores de leite se revoltam com previsão de queda no preço do produto

Umuarama - A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente reuniu pecuaristas que criam gado de leite na região de Umuarama para discutir a situação do mercado, diante da ameaça de redução no preço pago pelo litro do produto pela indústria láctea, bem como para fomentar a organização do setor.
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Umuarama – A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente reuniu pecuaristas que criam gado de leite na região de Umuarama para discutir a situação do mercado, diante da ameaça de redução no preço pago pelo litro do produto pela indústria láctea, bem como para fomentar a organização do setor. Os produtores estão temerosos que as previsões se confirmem, o que pode desestimular os investimentos em tecnologia, genética e melhoria das pastagens. O encontro aconteceu na sede do Sindicato Rural Patronal de Umuarama, na manhã desta segunda-feira, 31.
A alternativa apresentada para enfrentar a situação é a união. “Os pecuaristas precisam se unir, reivindicar e negociar juntos, falando a mesma língua na hora de discutir preços com as cooperativas. Outras alternativas são a criação de um centro de captação para que a produção seja comercializa em grandes lotes e também a criação de uma cooperativa para receber, industrializar o leite e agregar valor através de outros produtos”, afirmou o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Carlos Favaro.
A possibilidade de redução de até R$ 0,10 no preço revoltou os produtores. Eles apontam os altos custos de produção e a pequena margem de lucro como fatores que podem inviabilizar a atividade, caso o preço pago atualmente – em torno de R$ 1,10/ litro – não seja corrigido, enquanto se ouve falar em redução. “Há produtores que entregam leite abaixo desse valor. Aqui mesmo, tempos casos de R$ 0,85 o litro. A categoria chegou ao limite. Os produtores exigem o cumprimento da lei 12.669/2012, que obriga a empresa de beneficiamento e comércio de laticínios a informar ao produtor de leite o preço a ser pago pelo litro do produto até o dia 25 do mês anterior à entrega”, acrescentou Fenato.
A mesma lei estabelece que a não informação do preço aos produtores, no tempo certo, penalizará o laticínio a pagar o maior preço pago no mercado, na época da comercialização. “Além dessa batalha, o criador de gado de leite também reivindica uma política de preço mínimo
Favaro defende a criação de uma cooperativa de produtores de leite que agregue a produção local e regional. Umuarama produz em torno de 68 mil litros de leite/dia. “Se os produtores conseguirem juntar pelo menos 30 mil litros e vender de forma conjunta no mercado, com certeza conseguirão valorizar a produção. Mas o ideal é a organização em cooperativa e a instalação de um laticínio, porque além de industrializar a produção, haveria a possibilidade de agregar valor com uma linha maior de derivados do leite e a possibilidade de buscar incentivos. Todo o começo é difícil, exige dedicação, investimento, mas num futuro próximo os produtores não dependeriam do mercado ou de outros laticínios para ter uma cotação mais justa pelo leite”, completou o secretário Favaro.
Ao final, foram agendadas novas rodadas de negociação para amadurecer as ideias e transformá-las em propostas viáveis. O próximo encontro será no dia 21, às 9h, no mesmo local.

http://www.ilustrado.com.br/jornal/ExibeNoticia.aspx?NotID=68189&Not=Produtores%20de%20leite%20se%20revoltam%20com%20previs%C3%A3o%20de%20queda%20no%20pre%C3%A7o%20do%20produto

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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