Produtores de leite do Piauí sofrem com aumento nos custos da energia

Alternativa encontrada foi importar leite em pós de outros estados. Alguns produtores tiveram que vender os animais para pagar as dívidas.
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Alternativa encontrada foi importar leite em pós de outros estados. Alguns produtores tiveram que vender os animais para pagar as dívidas.

Os produtores de leite do Piauí estão preocupados com o aumento da energia elétrica que eleva os custos e com a inadimplência que inviabiliza a produção. Por conta dessa situação muitos já estão desistindo da atividade.

Numa das principais indústrias de laticínios do estado, onde a produção diária é de 1.100 litros de leite, foi obrigada a reduzir a quantidade por conta dos custos. De acordo com o empresário Antônio Carlos Carneiro a explicação é o aumento de 40% na energia elétrica.

“Nós temos 12 hectares de capim irrigado e para isso precisamos da energia, mas como os custos aumentaram nós tivemos que reduzir a produção. O único estado que cobra o ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual) é o Piauí”, disse.

A alternativa encontrada ainda pela indústria foi importar leite em pós de outros estados para a fabricação de iogurte. “Nós tivemos que comprar leite em pós do Maranhão e de Minas Gerais. Estamos em um mercado muito competitivo nós temos que trabalhar com qualidade e preço, então, essa foi a alternativa encontrada”, afirmou o empresário.

Outro produtor que não anda satisfeito é Lourenço Antônio, que também possui uma fazenda na zona rural de Teresina. “A gente investe na tecnologia para as vacas produzirem mais leite, pois se isso não acontecer fica difícil para a gente. Mas com o valor da energia não temos como comprar muita coisa para o melhoramento da fazenda”, argumentou.

Em São José do Divino, a 240 km ao Norte de Teresina, os produtores tiveram que vender os animais para pagar as dívidas. Manoel Silva manteve o negócio, mas das 55 vacas do rebanho, que rendia até 350 litros de leite por dia, ele teve que vender.

“Todos os dias eu recebia cobrança dos fornecedores de ração. Achei melhor vender os animais e pagar as dívidas para não receber mais cobrança de ninguém. A minha esperança agora é recomeçar com o rebanho e tentar superar as necessidades e tentar ganhar alguma coisa”, relatou.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural estuda uma forma de unir produtores e compradores para resolver os problemas da bacia leiteira do Piauí. “Estamos criando esta câmara setorial que esperamos funcionar ainda este ano. Depois disso teremos condições de traçar metas a curto e médio prazo”, disse Marco Vinício Veloso, diretor da SDR.

De acordo com a Eletrobrás, o ICMS é de competência do governo do estado. A empresa apenas repassa o valor cobrado pelo imposto ao estado.

Já segundo a Secretaria da Fazenda, a alíquota de ICMS sobre energia elétrica para quem consome até 200 KW/H é de 20%. Já para quem consome acima de 200 KW/H a alíquota é de 25%. A Secretaria de Fazenda disse, ainda, que o valor cobrado pelo Piauí está na média do país, que é 25%.

http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2015/07/produtores-de-leite-do-piaui-sofrem-com-aumento-nos-custos-da-energia.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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