#Produtor recebe menos

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Produção leiteira aumenta e preços pagos aos produtores sofrem retração

 

 

O período chuvoso normalmente é bem-vindo pelos produtores, porque favorece a safra e traz abundância aos consumidores finais. Para os pecuaristas, o boi fica gordo mais cedo e reduz custos porque diminui o consumo de ração. As pastagens ficam mais viçosas e atraem os animais para uma alimentação mais saudável.

 

Pecuária leiteira, os pastos ajudam bastante também como alimento do gado. Porém, as vacas normalmente destinadas ao abate produzem leite e competem com as matrizes especializadas em pecuária leiteira. O resultado dessa soma indigesta é que a produção leiteira excede e os preços pagos aos produtores sofrem retração.

 

Uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior Luiz de Queiroz, vinculada à Universidade de São Paulo, acaba de ser divulgada e envolve a evolução dos preços do leite no País.

 

O aumento na captação de leite na maioria dos Estados e o enfraquecimento da demanda interna pressionaram o valor médio pago ao produtor pela primeira vez neste ano. Segundo pesquisas do Cepea, os preços do leite caíram em todos os Estados acompanhados, com exceção da Bahia, no Nordeste, e de Santa Catarina, no Sul do País.

 

O preço médio bruto nacional pago ao produtor – que inclui frete e impostos – foi de R$ 1,10, por litro, em novembro, redução de 1,5% (ou de 1,67 centavo) em relação a outubro. O preço líquido médio – sem frete e impostos – caiu 1,87%, passando para R$ 1,01, pago em cada litro. Estas médias, calculadas pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado, em outubro, nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Bahia.

 

O aumento da captação na maioria dos Estados analisados esteve atrelado à recuperação dos pastos, devido ao retorno das chuvas. De setembro para outubro, o índice de captação de leite aumentou significativos 3,93%, passando para 162,24, patamar recorde.

 

Com exceção do Rio Grande do Sul e do Paraná, todos os demais Estados registraram alta na captação de leite no mês de outubro, com destaque para Goiás e Minas Gerais, onde os crescimentos foram de 15,1% e de 6,25%, respectivamente.

 

Segundo indicações de agentes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea, para o próximo mês, a expectativa é de nova queda nos preços do leite. A maioria dos agentes entrevistados (88,9%), que representa 94% do leite amostrado, indica que haverá baixa nos valores em dezembro. Outros 10,2% dos agentes, que equivalem a 5,1% do volume amostrado de leite, acreditam em estabilidade. Apenas 0,9% espera alta para o próximo mês.

 

No mercado de derivados, o enfraquecimento da demanda, diante dos elevados patamares de preços nos últimos meses, influenciou a baixa nos valores dos produtos lácteos. Os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados no atacado de São Paulo, em novembro, (cotados até o dia 27) fecharam em R$ 2,18/litro e R$ 12,81/kg, respectivamente, 5,65% e 2,12% inferiores às médias de outubro. A pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

 

Preço ao produtor

 

Em novembro, houve queda no preço bruto do leite pago ao produtor em praticamente todos os Estados acompanhados pelo Cepea, com exceção da Bahia e de Santa Catarina, onde as altas foram de 1,41% e de 0,21%, respectivamente.

 

Dentre os Estados que compõem a «média Brasil», Minas Gerais teve o maior preço em outubro, de R$ 1,1340/litro, seguido por Goiás, com média de R$ 1,1315/litro. Estes mesmo Estados também registraram as maiores quedas, de 2,01% e 2,19%, respectivamente. O Paraná fechou em R$ 1,1027/litro; São Paulo, R$ 1,0984/litro; Santa Catarina, R$ 1,0783/litro; Bahia, R$ 1,0648/litro; Rio Grande do Sul, R$ 1,0320/litro.

 

Quanto aos Estados que não compõem a «média Brasil», houve queda de 2,07% no Rio de Janeiro e 0,33% no Espírito Santo. Já em Mato Grosso do Sul e no Ceará, os aumentos foram de 2,04% e 0,35%, respectivamente.

 

http://www.dm.com.br/texto/153882-produtor-recebe-menos

 

 

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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