#Portalacteo:GO: Preço do litro pode aumentar

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Além dos problemas decorrentes do tempo seco que deve prolongar-se no Estado, o aumento de 122% do custo da ração, nos últimos 12 meses, torna insustentável – caso não haja melhora – a boa produção da

O consumidor em Goiás poderá pagar mais caro pelo litro de leite, caso o governo federal não realize intervenções emergenciais para proteger a produção, diminuir os custos da ração animal e conter a elevação dos preços. í‰ o que afirmou ontem (13), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schereiner, em entrevista coletiva í  imprensa, na sede da FAEF. “A cadeia produtiva no Estado poderá entrar em colapso, caso medidas não sejam tomadas”, frisou.

Para Schereiner, além dos problemas decorrentes do tempo seco, que deve prolongar-se no Estado, o aumento de 122% do custo da ração, nos últimos 12 meses, torna insustentável – caso não haja melhora – a boa produção da pecuária leiteira em Goiás, que hoje ocupa o quarto lugar no ranking brasileiro, com a participação de 60 mil produtores, que operam com 220 mil pessoas em toda cadeia produtiva.

O produtor goiano, que recebia, em 2011, o equivalente a R$ 0,89 pelo leite e gastava R$ 0,46 pela ração, recebe, este ano, R$ 0,86 pelo leite e gasta R$ 0,73, pela ração.

Outro agravante é que as oscilações no mercado internacional de grãos chegam durante a entressafra do leite em Goiás. Nesse perí­odo, com a falta de chuvas e redução das pastagens, o produtor tende a aumentar a suplementação
do rebanho.

Na avaliação do presidente, o setor passou de uma etapa de crescimento para estabilidade, com tendíªncia í  queda. O ponto alvo da crise deve-se, principalmente, í  forte estiagem que frustrou a safra de grão norte-americana que fez com que os preços da soja e do milho – base para alimentação do gado – decolassem em escala mundial.

Para ele, esse cenário tende a se agravar.â€œí‰ lamentável, mas existem produtores aqui no Estado que estão vendendo seus animais porque não conseguem mais custear o preço elevado da produção de leite por conta da ração e do perí­odo de estiagem”, disse.

Produtor rural em Itaberaí­, Luiz Deboni, 63, diz que a pressão dos custos está intimidando o pequeno produtor que já diminui a ração dos animais. “Isso afeta a produção do leite. Já tem gado morrendo de fome porque não há como alimentar todos os
animais”, lamenta.

Além dessa realidade, Schereiner divulgou outro alerta, já que a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABlV) divulgou, no dia 12 deste míªs, nota aberta alertando para redução de seus estoques e reiterando que os reajustes no preço do leite devem continuar nas próximas semanas. O preço cotado hoje está em R$ 2,26 pelo litro no varejo.

Medidas

Na próxima semana, a diretoria da FAEG e da Confederação Nacional da Agricultura ( CNA) – onde Schereiner ocupa a cadeira de vice-presidente solicitarão audiíªncia com o Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.

Na ocasião, o setor pedirá isenção do pagamento de 9,25% da alí­quota do PIS/COFINS – que incide sobre o preço da ração, além de articular, ainda, subsí­dios para ajuda no transporte dos ingredientes das rações no Brasil.

As entidades também vão pedir junto ao Itamaraty ajuda na renovação de contrato com os produtores de leite em pó da Argentina, para manutenção das cotas de importação. “Em outubro vence o contrato que estabelece um limite de 3.600t por míªs do leite em pó que entra no Brasil via Argentina. Queremos que seja estabelecida, também, uma cota para os produtores Uruguaios, que hoje representam 50% do leite em pó introduzido no Paí­s”, explica.

Na avaliação de José Mário, o controle da importação dessa mercadoria é essencial para não diminuir ainda mais o lucro dos produtores de leite. “O produtor está em uma situação delicada porque a estiagem prolongada fez o preço da ração aumentar em 60% e diminuir o valor pago pelo do leite ao produtor em 4%”, diz.

Fonte: DM. com.br

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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