#Portalacteo: Produtores brasileiros visitam o cinturão do milho nos Estados Unidos

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Neste ano, o evento aconteceu de 28 a 30 de agosto, apesar de toda a seca que castiga justamente a maior região produtora de milho dos Estados Unidos. São mais de 250 hectares de área preparada para receber a exposição e demonstração de máquinas, principalmente, e de outras empresas que oferecem produtos de interesse dos agricultores do planeta, entre elas, produtoras de sementes, produtos quí­micos, fertilizantes, universidades, entre outros. E os brasileiros, há muitos anos, são fregueses desta feira que interessa principalmente aos produtores de grãos (milho e soja).

No grupo organizado pela Agritours Brasil, em parceria com a Dupont, foram 65 participantes, entre representantes comerciais, técnicos e produtores rurais, a maioria dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Bahia. Numa viagem de 9 dias, além de participar do Farm Progress Show, o grupo fez visitas í  propriedades rurais e estações de pesquisa da Dupont e Pioneer naquela mesma região. “Uma maratona técnica interessante”, disse um dos participantes, produtor de soja no oeste da Bahia. Participaram desta viagem de cunho técnico, produtores de soja, milho, algodão, suí­nos, feijão, dos estados produtores já mencionados, com lavouras que variam de mil hectares até 7 mil hectares, e o mais interessante, com produtividades que variam de 160 sacas de milho, em média, a 58 sacas de soja por hectare.

Nos Estados Unidos, em épocas normais, a produção de milho fica ao redor de 185 sacas por hectare e a soja de até 66 sacas por hectare. Isto significa que o Brasil não está muito distante dos Estados Unidos em termos de produtividade, no caso da soja e do milho. Lembrando que neste ano a perda do milho naquele paí­s será de 50% ou mais devido a maior seca que aconteceu nos últimos 50 anos. Em algumas regiões, a perda do milho pode chegar a 100%. Apenas resgatando que o volume de perda de milho nos Estados Unidos representa quase o total da safra de grãos do Brasil.

Em palestra de um especialista americano em mercado de grãos, no Farm Progress Show, os dados revelaram que o preço do milho nos Estados Unidos praticamente dobrou entre os meses de maio e agosto de 2012, passando de 4,6 dólares por bushel para 8,20 dólares por bushel. O mesmo palestrante analisou a questão do mercado futuro e previu que o milho vai ficar com preço ao redor de 6,80 dólares por bushel, enquanto que a soja deve se manter em 15,25 dólares por bushel.

Quanto a feira, os destaques ficaram para as máquinas cada vez maiores e com sistemas de controle eletrí´nico em todas as regulagens. Plantadeiras de milho e soja com até 48 linhas foram apresentadas aos produtores rurais brasileiros – ao redor de 5 mil visitantes, conforme estimativas das empresas organizadoras das viagens – que ficaram entusiasmados com os preços que representam praticamente 50% do que pagam no Brasil.

Na visita aos produtores americanos, chamou a atenção o seguro agrí­cola que garante uma renda anual de 980 dólares por acre (4.047 metros quadrados), menos de meio hectare. Isto significa que o seguro americano garante mais que 2 mil dólares de renda por hectare para o produtor de milho. E para ter esta garantia, o produtor paga por ano, 20 dólares por acre. Notou-se na visita que os produtores rurais não estão muito preocupados com a seca. Cerca de 40% do milho, nos Estados Unidos, é utilizado para a produção de etanol, o restante alimenta as vacas leiteiras e é usado para a produção de alimentos humanos e cosméticos.

Na visita aos produtores rurais da região produtora de grãos, o destaque ficou para um produtor com 2 mil hectares que cultiva milho, soja e cria suí­nos, aves de postura e produz leite. Segundo informações do produtor, com a raça Jersey ele produz 36 litros de leite por vaca por dia, a maior produtividade dos Estados Unidos. O interessante é que ele está ampliando os negócios, e uma das preocupações na propriedade é o aproveitamento dos dejetos suí­nos e bovinos. Em cerca de 500 hectares da propriedade ele aplica o esterco lí­quido que supre a necessidade de 50% do nitrogíªnio, e de 100% do fósforo e potássio. O restante do nitrogíªnio é aplicado no estágio V5 da planta do milho, quando ela tem 5 folhas completamente desenvolvidas, a base de sulfato de amí´nia. Outro destaque observado nesta propriedade, é que existe uma casa ao lado da rodovia para comercializar os produtos, só que não existe ninguém para atender aos consumidores, eles mesmo escolhem os produtos e deixam o valor correspondente em dólares na caixinha.

Como curiosidade geral, na estação de pesquisas da Pioneer, estudos em fase final estão sendo feitos para criar uma variedade de milho geneticamente modificada, resistente í  seca. As visitas, tanto aos produtores quanto í s estações de pesquisa aconteceram nos estados de Illinois e Iowa, principais produtores de milho e soja (grain belt) dos Estados Unidos, juntamente com os estados de Ohio, Indiana, Missouri, Wisconsin, Minnesota, Nebraska e Kansas, todos situados no Centro Oeste Americano, ao redor dos Grandes Lagos da América do Norte.

Fonte: Portal do Agronegócio
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=70509

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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