Assunto será debatido pela Famasul na Feira do Empreendedor. Produtor deve ampliar a quantidade e a qualidade da produção.
A falta de planejamento é um dos maiores desafios da pecuária de leite de Mato Grosso do Sul. O produtor rural conhece sua atividade, mas ainda falha na gestão. A afirmação é do analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Famasul), Rodney Guadagnin Santos, que ministrará palestra sobre modelo de negócio do setor, nesta sexta-feira (22), na Feira do Empreendedor promovida pelo Sebrae, em Campo Grande.
«A lucratividade da pecuária de leite está nos centavos. Então para se manter na atividade o criador precisa aumentar a quantidade e a qualidade da produção e assim diluir melhor os custos da atividade», ressalta o analista. Em sua apresentação ele adianta que destacará um modelo de produção que utiliza alimentação a pasto, com suplementação nutricional, considerado o mais viável para quem está começando.
Para Santos, que também é médico veterinário, o sistema traz rentabilidade suficiente e tem menor margem de erro. «Vou trazer um exemplo onde as vacas produzem, em média, 8 litros de leite ao dia», afirmou o especialista ao enfatizar que o primeiro passo que o produtor iniciante deve adotar é procurar assistência técnica para sua propriedade.
Segundo o analista da Famasul, a falta de mão de obra especializada também é um gargalo para quem quer se dedicar à atividade leiteira. «Mato Grosso do Sul, ao contrário de Minas Gerais e Paraná, ainda não tem a cultura de produzir leite. Uma das alternativas para sanar esse obstáculo é a capacitação».
Para atender essa demanda, o Serviço de Aprendizagem Rural (Senar/MS) disponibiliza 11 cursos na área de bovinocultura de leite em praticamente todos os municípios do estado. As capacitações que vão desde a aplicação de medicamentos a manejo de pastagens.
http://g1.globo.com/mato-grosso/agrodebate/noticia/2014/08/planejamento-e-o-desafio-da-pecuaria-de-leite-aponta-analista-em-ms.html