Com a demanda maior que a oferta, o preço do leite não para de subir.
Em Santa Catarina, produção menor de leite eleva o preço pago ao produtor em SC
Nas propriedades do oeste catarinense, os criadores de gado sentem os efeitos da estiagem do ano passado.
Com a seca, a silagem guardada para alimentar os animais no inverno, não teve uma boa qualidade e o atraso no período de chuva entre abril e maio adiou o plantio das pastagens de inverno. O resultado é uma produção menor de leite.
A procura maior que a oferta acirrou a disputa pela matéria-prima e o preço do leito subiu.
Luciano Sarvacinski cria gado leiteiro há mais de 50 anos em Chapecó e conta que não é sempre que vive uma situação tão favorável como agora.
O aumento no valor pago por litro motivou o produtor a aumentar o plantel de 55 para 85 vacas e a construir um galpão para confinamento dos animais. Com o sistema, a ideia é ampliar a produção de 1,3 mil para mais de 2 mil litros de leite por dia.
Quem não está nem um pouco satisfeito é o consumidor final, que em alguns supermercados chega a pagar até R$ 3 por uma caixinha de leite.
Segundo a indústria, não há previsão de redução no valor do produto pelo menos nos próximos 30 dias. “Esse valor é histórico e o produtor terá ainda alguns meses para vender o leite por um bom preço. Quem trabalhou bem em cima de custo, certamente está com uma boa margem de lucroâ€, explica Marcos Zordan, diretor de agropecuária da Cooperativa Aurora.
No inverno passado, o oeste de Santa Catarina produziu 140 milhões de litros de leite por míªs. A região responde por 70% da produção do estado.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/08/producao-menor-de-leite-eleva-o-preco-pago-ao-produtor-em-sc.html