#Municí­pio do ES estima perda de R$ 60 milhões com seca

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Montanha, no Norte do estado, está sofrendo com a falta de chuva.
Seca faz produtores buscarem fontes alternativas de renda.

O municí­pio de Montanha, na região Norte do Espí­rito Santo, está sofrendo com a falta de chuva. A estiagem prolongada deixou rios e represas praticamente secos. Em algumas localidades no interior, já falta até água potável e há tríªs anos não chove o suficiente no municí­pio para manter as lavouras. Montanha decretou estado de emergíªncia desde fevereiro. Só na agricultura, a perda é calculada em mais de R$ 60 milhões, fazendo com que diversos produtores busquem alternativas para o sustento da famí­lia. Um programa de fortalecimento í  agricultura, o Pronaf, é o que tem amenizado os prejuí­zos para os agricultores.

Neste ano, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assitíªncia Técnica e Extensão Rural, Incaper registrou 230 milí­metros de chuva em Montanha, bem abaixo da marca de 700 milí­metros esperada para o perí­odo. Mas o problema já é antigo. Há tríªs anos não chove o suficiente para manter as lavouras. No ano passado, a Secretaria de Agricultura do Municí­pio registrou 30% de perda só na produção de café e 50% da pecuária de leite.

O agricultor José Rossi está preocupado com a sua propriedade rural. A represa que abastece o local  já está quase secando  e, se não chover, o produtor vai ficar sem água para irrigar os cinco alqueires de café: «Está difí­cil», desabafou.

O Secretário de Agricultura de Montanha, João Passos, conta que o prejuí­zo é grande: «Hoje nós já temos uma perda calculada em R$ 90 milhões nos últimos tríªs anos. Nós devemos estar aí­ com uma perda na agricultura em torno de R$ 60, R$ 62 milhões na pecuária e também na indústria»,  disse.

Produtores vivem drama
No assentamento Bela Vista, 50 famí­lias sobrevivem do que plantam. Mas com a escassez da água, está difí­cil manter as lavouras.  Para evitar prejuí­zos, o produtor rural Jerson Pereira desistiu de plantar café e decidiu investir na lavoura de mandioca. Mas ao contrário do que pretendia, o produtor não obteve bons resultados. Isso, porque as plantas morrem antes mesmo da época de colheita: «í‰ muito difí­cil, é muito complicado. Não tem como fazer investimento porque é um risco», contou.

A represa que abastece o assentamento para irrigação, gado e residíªncias já está bem abaixo do ní­vel normal. A produtora rural Maria do Carmos diz que falta até água potável para o consumo dos moradores e trabalhadores da região. «Até para beber a gente não tava tendo água, né», contou. A trabalhadora rural Laurinda Paixão mantém a famí­lia com o pouco que ganha trabalhando nas farinheiras e diz que a seca também atrapalha o rendimento mensal da casa: «Se chovesse seria melhor, né? Porque aparecia capina pras mulheres fazerem. Alguma coisa aparecia para as mulheres fazerem na roça. Com essa seca ninguém pode fazer nada», disse.

Mas o Secretário de Agricultura de Montanha, afirma que a situação dos agricultores e produtores rurais tem recebido ajuda do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, uma tentaiva de amenizar os prejuí­zos. «Hoje 80% dos nossos agricultores do Pronaf estão sendo beneficiados com a questão de prorrogação das dí­vidas. Existe um rebatimento de 80% de parcelas vencendo esse ano e prorrogando as dí­vidas para 2016. Isso aí­ tá dando para amenizar a situação de nossos agricultores», garantiu Passos.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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