#Mozarela de búfala certificada aumenta vendas em 20%

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Enquanto que na Itália a palavra mozzarella significa por si só que todo o leite empregado no queijo vem da búfala, no Brasil a mozarela bovina ainda é associada a qualquer tipo de queijo fresco redondo e envolto em água

Enquanto que na Itália a palavra mozzarella denomina necessariamente o queijo oriundo do leite de búfala, pesquisas indicam que, para o consumidor brasileiro, uma peça de queijo branco redonda e envolta em água é siní´nimo de mozarela de búfala.

Procurando valorizar o produto autíªntico, vindo integralmente do leite do animal, frente í  mozarela «adulterada» com o leite da vaca, mais barato, a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) vem tomando desde 2009 medidas que vão de campanhas de marketing í  certificação do produto.

Selo de pureza
Criado em 2001, o Selo de Pureza 100% Búfalo concede aos produtores a certificação de que sua mozarela é feita exclusivamente com o leite do animal.

Cláudio Varela, coordenador da Comissão do Selo de Pureza ABCB, explica que ele tem dois objetivos principais. O primeiro é o de proteger o consumidor de mozarelas que se dizem puras, mas que recebem a adição de leite de vaca. E o segundo é o de justificar os preços mais altos dos produtores que utilizam 100% de leite de búfala. «Antes, o pouco que produzí­amos, não conseguí­amos vender. O cliente achava que vendí­amos mais caro sem nenhum motivo», lembra Cláudio, que também é criador de búfalos e produtor de leite e mozarela em sua fábrica de laticí­nios, a La Vera.

Ele afirma que, desde a criação do selo de qualidade, as atuais oito empresas certificadas víªm aumentando sua produção em cerca de 20% ao ano. «Em 2012, captamos seis ou sete vezes mais leite que em 2000», compara.

Além de produzirem a mozarela de búfala pura, as marcas com interesse em serem certificadas pelo selo devem pagar uma taxa de R$ 0,02 por litro de leite consumido – o preço do leite de búfala varia de R$ 1,10 a R$ 1,50. Em geral, os produtores de mozarela também criam o animal, embora normalmente tenham que complementar o leite consumido com o produto de outras fazendas.

Dez por cento da quantia arrecadada são empregados na gestão do próprio selo e 70% são utilizados em campanhas de marketing, com a contratação de assessoria de imprensa e compra de espaço publicitário em revistas para valorizar a qualidade da mozarela pura. Junto aos produtores, a ABCB também promove a participação em feiras do setor alimentí­cio, nas quais procura explicar o diferencial do produto.

Com os 20% restantes, a associação faz, tríªs vezes ao ano, testes de produtos no mercado, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O resultado dos exames de DNA mostra que, das cerca de 20 marcas analisadas que não pertencem ao selo, apenas duas contam com 100% de leite de búfala em todas as ocasiões.

Sazonalidade
Apesar de ter o maior rebanho de búfalo do Ocidente e do Hemisfério Sul – os maiores rebanhos estão atualmente localizados em paí­ses como Paquistão e índia -, a maioria dos búfalos brasileiros ainda é criada em modelo extensivo, para abate. Segundo Cláudio, a maior parte das cerca de 60 mil cabeças de búfalo do Estado de São Paulo serve í  produção de leite, enquanto que os mais de 1 milhão de animais da Ilha de Marajó, no Pará, servem principalmente í  produção de carne – eles são, aproximadamente, 2/3 do rebanho brasileiro.

Isso contribui para que, na virada do ano, de dezembro ao iní­cio de março, época em que a búfala produz menos leite, haja um aumento impeditivo do preço que faz com que muitos produtores que priorizam a produção da mozarela 100% de búfala adulterem seu produto.

Problemas de adesão
Jorge Direne Nakid, diretor comercial da fábrica de Laticí­nios Levitare, que trabalha com leite de búfala, afirma que, quando os preços do leite sobem, a marca prefere deixar de fornecer a grandes supermercados a adicionar leite de vaca í  sua receita. Mesmo assim, a empresa está adiando a adesão ao selo por motivos comerciais.

Ele calcula que o atual valor de R$ 0,02 por litro do leite cobrado pela adesão significaria para a marca, que é a maior produtora de leite de búfala do Paí­s, cerca de R$ 100 mil anualmente sobre seu faturamento de R$ 10 milhões. Ele explica que, por a empresa passar atualmente por um momento de ampliação, não está em condição de investir no selo. «Anualmente, é o preço de um caminhão» compara.

Portal Terra

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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