# Maior potíªncia é tendíªncia em máquinas

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De acordo com as indústrias, caríªncia de mão de obra é um dos motivos para maximizar o tempo na lavoura

Expansão agrí­cola acelera a busca de tecnologia para garantir maior capacidade operacional no campo

A expansão da produtividade agrí­cola sem o aumento da área de produção, gerando safras recordes ano a ano no Brasil, também influencia o mercado de máquinas e implementos agrí­colas. Com a mudança de perfil das propriedades, as empresas estão se adaptando í s tendíªncias e í s exigíªncias dos produtores rurais por mais tecnologia e potíªncia. Mesmo no Rio Grande do Sul, onde as propriedades são de menor área do que as dos estados do Centro-Oeste, os agricultores estão investindo em mais força para diminuir custos e tempos de plantio.

Para o gerente regional de vendas da Massey Ferguson, Leonel Oliveira, não existem mais terras disponí­veis no Paí­s, por isso, os agricultores precisam fazer mais em menos tempo e menor espaço, o que sinaliza um movimento para maior potíªncia das máquinas. “O agricultor quer tirar o máximo da produtividade que tem, dessa forma está investindo em tecnologia e aumentando a faixa de potíªncia dos tratores e colheitadeiras. Quem tinha trator de 100 CV, hoje, está buscando algo acima de 130 CV”, comenta.

Oliveira também lembra que a falta da mão de obra no campo está forçando a velocidade de mecanização. Segundo o gerente de vendas para a região Sul da John Deere, Jair Servat, há uma grande dificuldade de encontrar trabalhadores que possam operar esses equipamentos. “Hoje há uma busca de máquinas grandes, com maior capacidade de produção. Há uma caríªncia de mão de obra nas lavouras, e as janelas de plantio estão menores. Por isso, buscam tratores que possam carregar plantadeiras com mais linhas aumentando a capacidade de produção”, ressalta.

A visão também é compartilhada pelo gerente de vendas da Valtra, Luiz Cambuhy. Ele acredita que o produtor está buscando uma substituição no parque de máquinas para chegar a um custo menor e com menos tempo de plantio. “O agricultor tem tentado aumentar a eficiíªncia do sistema produtivo. Hoje, atividades que são mecanizadas estão começando a implantar as tecnologias. Esta busca por maximização é uma tendíªncia em todas as categorias de produtores, desde o pequeno até o grande”, avalia.

Conforme o gerente de Marketing de Produto da New Holland, atualmente o mercado se divide no segmento da agricultura familiar e no de grande porte, com um portfólio fixo, mas os dois setores estão buscando inovação na hora de fazer a troca do parque de máquinas. “As famí­lias precisam superar a falta de mão de obra, pois não há pessoas capacitadas para trabalhar com essas tecnologias, embora as inovações sejam amigáveis aos produtores, pois se não forem não atingimos o nosso público-alvo”, analisa.
Mercado deve seguir aquecido no segundo semestre, preveem fabricantes

Para os representantes do setor de máquinas, o ano de 2013 se encaminha para um recorde de vendas depois de uma alta de 29,5% no primeiro semestre deste ano, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veí­culos Automotores (Anfavea). Apesar da incerteza da continuidade da taxa de juros de 3,5% ao ano para a aquisição de tratores, colheitadeiras, entre outros implementos agrí­colas, quem ainda não investiu deve aproveitar a janela até dezembro para realizar novas compras.

Leonel Oliveira, da Massey Ferguson, acredita que o ritmo deve ser um pouco menor, mas que o mercado continuará em alta no semestre. “Tivemos um crescimento acima da média. Isso se deve í  liberação de financiamentos e í  capacidade de reação das indústrias para atender í  demanda”, explica. Para Jair Servat, da John Deere, a indústria deverá manter o mesmo ritmo do primeiro semestre do ano. “A perspectiva continua otimista, principalmente pela redução nos juros até o final do ano, mantendo uma taxa definida. Esperamos manter esse crescimento”, destaca.

Segundo Luiz Cambuhy, da Valtra, a projeção de nova safra recorde aliada a uma dificuldade climática para os Estados Unidos deve continuar impulsionando as vendas. “Grande parte do volume de vendas foi fechado no primeiro semestre deste ano, mas ainda temos uma demanda alta”, afirma. Miotto, na New Holland, analisa que 2013 vem sendo o melhor dos últimos 10 anos. “Devemos seguir a tendíªncia de muitos negócios até o fim do ano, pois o agricultor sabe que as taxas de juros se manterão baixas até dezembro e vão escalonar e preparar os investimentos”, salienta.
Revolução tecnológica é tema de debate na Casa do JC

O mercado de máquinas agrí­colas e as tendíªncias para o setor foram tema de debate na Casa do JC no encerramento da Expointer. Participaram do encontro o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrí­colas do Estado (Simers), Claudio Bier, o economista e consultor do sindicato, Hercí­lio Matos, o diretor-presidente da Stara, Gí­lson Trennepohl, e o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticí­nios do Estado (Sindilat-RS), Darlan Palharini.

Os debatedores concordaram que o setor de máquinas tem demonstrado evolução nos últimos anos e auxiliado no aumento de safra do Paí­s, por meio da inovação e tecnologias empregadas pelas indústrias. Para Trennepohl, a agricultura brasileira passa por um momento histórico de transformação. “Este é o momento da chegada da inovação, não só da parte de máquinas como nas de genética animal e sementes”, frisa. Já Bier salientou que o agricultor também mudou o pensamento sobre os investimentos em tecnologias no campo. “Ele percebeu que, investindo em máquinas e em irrigação, terá segurança na produção”, ressalta.

Conforme Matos, os anos 2000 estão sendo o momento de revolução das máquinas agrí­colas, como a agricultura de precisão. “Nos anos 1970, foi a vez dos agroquí­micos; já nos anos 1980 e 1990, foi a vez da inserção da biotecnologia. Agora, assistimos ao protagonismo das indústrias de máquinas e implementos agrí­colas liderando essa evolução”, acrescenta. Para Palharini, o setor de lácteos ainda tem a evoluir na mecanização, inclusive para acessar novos mercados. “A conquista de novas tecnologias exige investimentos. A cadeia do leite deve também melhorar essas questões para buscar o mercado internacional”, analisa.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=133429

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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