O fim do benefício elevou o preço do produto em cerca de 41%. A saca de 60 kg passou de um valor inferior a R$ 25 para uma média de R$ 33, chegando a custar R$ 45. O produtor precisou então buscar alternativas como o capim e a palma forrageira.
Segundo Flávio Saboya, presidente da Faec, mesmo com o benefício a vinda de milho não era suficiente para manter o rebanho. Ele lembrou que havia sido acordada junto ao então governador Cid Gomes a vinda de cerca de 30 mil toneladas de milho por mês, mas a média foi de 5 mil toneladas mensais em 2014.
“Não tem expressividade para alimentar um rebanho de 2,5 milhões de bovinos”, ressaltou Saboya. Há em torno de 5 milhões de animais contabilizando também caprinos e ovinos.
Uma alternativa para a alimentação dos animais é a palma forrageira, que pode ser produzida dentro da própria fazenda. Um hectare de palma produz cerca de 400 a 500 toneladas e equivale a 30 toneladas de milho. “A solução para grande parte dos produtores é não depender de milho, mas trabalhar para produzir palma”, defendeu o diretor executivo da consultoria Leite & Negócios, Raimundo Reis.
A água necessária para o consumo dos animais veio principalmente de açudes de pequeno porte. Reginaldo Lobo, diretor de Agronegócio da Adece, ressaltou que o problema mais grave aconteceu em 2013. (Teresa Fernandes)
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