#Leite: Pastagem irrigada mantém produção no período de seca no Norte de MT

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Capim verde traz benefícios na produção de leite e saúde dos animais. A lotação pode passar de uma unidade animal por hectare para até 12.
Pequenos produtores do Norte de Mato Grosso estão investindo na irrigação de pastagens para enfrentar o período de seca. A pastagens verde em plena entressafra traz benefícios na produção de leite e na saúde dos animais.

Com um pequeno riacho correndo no fundo da casa, o pecuarista e produtor de leite, Carlos Beker, descobriu há três anos que poderia tirar proveito e mudar a paisagem e o rendimento da propriedade com a irrigação. “Era difícil, era cortar cana, a cana seca no tempo de seca, capim seca, não tinha jeito”, lembra ele, que é assentado há 15 anos em Sinop, na região Norte.

O produtor procurou orientações do engenheiro agrícola Daniel Carmo, que é especializado em irrigação. “É um sistema que captamos água ou de rio ou de reservatório e distribuímos via tubulação, em setores. No caso, aqui são oito setores. Através destes oito setores, são 20 aspersores por setor», conta o engenheiro.

No início, o produtor ficou apreensivo com os gastos. Há três anos, irrigou dois dos 70 hectares, que tiveram um investimento de pouco mais de R$ 12 mil, mas sentiu logo a diferença na produção das 12 vacas leiteiras. “Eu tirava de 38 a 40 litros de leite por dia, de nove vacas. Começei a colocar as vacas no capim irrigado e, com nove dias, as mesmas nove vacas deram 101 litros. Uma irrigação dessa aqui, se você tiver de 10 a 15 vacas, ele se paga tudo em um ano», calcula Becker.

Além disso, ele destaca que os gastos com a energia compensam o investimento, já que em seis meses que usa a irrigação, gasta R$ 1,8 mil de energia e se fosse comprar o mesmo valor em trato para os animais, não duraria 40 dias.

O aumento de rendimento é reflexo direto da alimentação melhor dos animais. Manter o capim verde o ano inteiro pode influenciar até na reprodução do rebanho, como explica o médico veterinário Flávio Lisboa. “A irrigação proporciona ao animal ter a planta, que é o alimento próprio dele, de boa qualidade. Quando você faz a rotação, você oferece ao animal uma planta que está com todos os nutrientes dele, e isso só o verde tem. Melhora a capacidade de leite, melhora a saúde do animal e consequentemente tem uma vida reprodutiva mais saudável, mais eficiente», diz.
Daniel Carmo explica como funciona o pastejo rotacionado na propriedade de Carlos Becker, que foi dividida em 53 piquetes. “No momento que os animais passaram no primeiro piquete, no primeiro dia, logo após, o produtor irriga a área e entra com adubação, isso faz com que o pasto rapidamente se desenvolva, cresça, e só no 24º dia os animais voltaram para este mesmo piquete.»

Segundo o engenheiro agrícola, a lotação pode passar de uma unidade animal por hectare para até 12 unidades animais por hectare com o campo verde.

Ele afirma que é possível ter um sistema de irrigação em áreas onde não há um riacho como de Becker. Em outra propriedade da região, foi aberto um poço e a água é bombeada e armazenada em um reservatório de 20 mil litros.

http://g1.globo.com/mato-grosso/agrodebate/noticia/2014/09/pastagem-irrigada-mantem-producao-no-periodo-de-seca-no-norte-de-mt.html

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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