Empresários e funcionários de empresas de lacticínios estão presos.
A Reportagem da Rádio Rural está acompanhando com exclusividade a prisão de diversas pessoas na região suspeitas de adulteração no leite. Em Ponte Serrada são duas prisões e em Lajeado Grande onze. Outras sete pessoas serão presas numa outra cidade que o Gaeco não está divulgando. As prisões de empresários e funcionários do ramo de lacticínios.
Policiais especiais do Gaeco há dias monitoram o carregamento, o transporte e a chegada em indústrias. Há provas em vídeos de adulteração como uso de água oxigenada e outros produtos para estabilizar o leite. Por uma questão de preço os produtores da região estariam enviando a produção para indústrias distantes, mas devido à extensão do trajeto o leite puro não suportaria a distância. Conforme o promotor Eduardo Sens, o leite é enviado para o estado de São Paulo com mais de 20 horas de viagem. Então, o produto químico era adicionado para que ele suportasse o longo trecho. O promotor lembra que nenhum produto químico tem autorização para ser acrescentado ao leite, que deve ser comercializado puro.
O repórter Marcos Feijó percorre estes municípios e também marca presença na sede do Gaeco em Chapecó. Os mandados de prisão começaram a ser cumpridos às 6 da manhã da terça-feira (19). Os suspeitos serão encaminhados ao Presídio de Chapecó.
Entre outras coisas, há imagens que mostram produtores fazendo higiene pessoal na mesma água que é acrescentada ao leite.
Desde o ano passado fatos parecidos surgiram no Rio Grande do Sul, porém com uma certa diferença. Produtores usaram outros produtos para obtenção de vantagens no volume do leite. Sem contar também os casos repetidos de surgimento de detergente em achocolatado.
Ouvintes da Rádio Rural têm ligado para a emissora a fim de saber quais marcas foram adulteradas. No entanto, até o momento não é possível determiná-las, já que são várias as indústrias que recebem o produto adulterado em São Paulo. A origem, porém, é da Laticínios Lajeado Grande, de Ponte Serrada e Lajeado Grande.
Em breve, o Ministério Público deverá relatar quais as marcas estão envolvidas. O promotor Eduardo Sens ainda lembra que a operação teve participação fundamental do Ministério da Agricultura, que foi quem recebeu as primeiras denúncias e partiu para a fiscalização técnica.
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