Leite em pó integral cai 11% e é cotado a US$ 2.847/tonelada

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O leilão realizado pela plataforma gDT ontem (17 de abril), apresentou a maior queda desde julho de 2010, com 9,9% em relação ao leilão anterior, com os produtos lácteos fechando a US$ 2.983/tonelada como valor médio. í‰ o menor preço desde setembro de 2009 quando a cotação chegou a US$ 2.858/tonelada

O queijo cheddar apresentou a maior queda entre os produtos lácteos ofertados no leilão, com variação negativa de 12,1%, cotado a US$ 2.937/tonelada. O leite em pó integral (WMP) teve também um queda expressiva de 11%, cotado a US$ 2.847/tonelada sendo a maior queda registrada nos últimos treze meses e o menor valor cotado desde agosto de 2009. O leite em pó desnatado (SMP) teve queda de 7,6% (US$ 2.871/tonelada).

A queda nos preços dos produtos lácteos vem como consequíªncia principalmente da maior produção de leite em todo mundo que, junto ao quadro de desaceleração dos paí­ses emergentes, forçam a formação de estoques. Apesar de os preços já estarem em trajetória descendente desde o iní­cio do ano passado, a queda deste leilão de certa forma surpreendeu o mercado.

A maior produção de leite pode ser percebida olhando por exemplo para os Estados Unidos da América (EUA), que hoje é o maior produtor de leite de vaca do mundo. O paí­s produziu no ano passado 89 milhões de quilos de leite e neste ano vem apresentando forte aumento, como pode ser visto no gráfico 3. Só em fevereiro de 2012, segundo os dados do Departamento de Agricultura (USDA), a produção foi 8% superior ao mesmo perí­odo do ano anterior e conforme divulgado no míªs passado, a produção de leite dos EUA deverá crescer 1,8%, atingindo o volume recorde de 90,6 milhões de toneladas.

Outros paí­ses também tem apresentado evolução na produção, como o Uruguai que produziu em 2011 19,3% a mais que 2010, totalizando 1.849 milhões de litros e em fevereiro de 2012 já apresenta 25% a mais na produção em relação ao mesmo perí­odo do ano passado. A Argentina por sua vez teve aumento de 13,5% na produção de 2011 (total de 7.504 milhões de litros) versus 2010 e já apresenta evolução nesse ano também, 13% a mais no volume. A Nova Zelí¢ndia produziu no ano passado todo 18.915 milhões de litros, 10% a mais que em 2010 e segue nesse ano um ritmo forte no crescimento produzindo em torno de 9% a 10% a mais.

A nova queda de preços, apesar do dólar mais valorizado, não ajuda a balança comercial brasileira. A tabela 1 simula o preço de entrada do leite em pó integral proveniente do Mercosul, considerando o novo patamar de cí¢mbio e o valor da tonelada do leilão de 17/04. Considerando o frete de entrada, o leite em pó chegaria ao Brasil a valores próximos a R$ 0,68/litro apresentando um descolamento de preços frente ao valor brasileiro, que hoje em média vale R$ 0,86/litro.

Com essa baixa acentuada no preço do leite em pó integral, abre-se ainda a possibilidade da entrada de leite norte-americano, pois mesmo considerando a tarifa externa comum (TEC), o leite chegaria aqui no valor de R$ 0,86/litro, praticamente o mesmo valor pago hoje aos produtores brasileiros (tabela 2). E, mais um pouco, o leite neozelandíªs, com 30,8% de impostos (27% de TEC mais 3,8% de anti-dumping) já chegaria ao Brasil de forma competitiva.

A matéria é da Equipe MilkPoint

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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