Leite: Crise? Depende do ponto de vista

Conta-se que um fazendeiro contratou um sábio para ajuda-lo, pois o mesmo vivia da venda do leite de sua única vaquinha e como ela já estava ficando velha, gostaria de saber se teria uma forma de prorrogar e aumentar sua produção de leite.
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Por que algumas corporações crescem em tempos de crise e outras não
Já ouviram falar de onde vem o termo: “A Vaquinha Foi Pro Brejo”? Conta-se que um fazendeiro contratou um sábio para ajuda-lo, pois o mesmo vivia da venda do leite de sua única vaquinha e como ela já estava ficando velha, gostaria de saber se teria uma forma de prorrogar e aumentar sua produção de leite. Chegando na fazenda, o sábio tomou a vaquinha, subiu com ela ao monte mais alto que havia na região e simplesmente deixou-a cair no grande abismo. O fazendeiro ficou desesperado e expulsou o sábio de suas terras.

Passados alguns anos, o sábio voltou à região do fazendeiro e procurou-o para saber como o mesmo estava vivendo. Chegando a fazenda, se surpreendeu com os grandes galpões, maquinários e pastos e pastos sendo cultivados. Ao encontra-lo, o fazendeiro o agradeceu imensamente por tê-lo feito descobrir todo o potencial de sua terra e sua capacidade de produção.

Essa “estória” reflete bem o comportamento de alguns empresários diante de momentos de crise. Para alguns, o final dos tempos, o fim de seu negócio, a decadência de sua empresa; já para outros, um momento de traçar estratégias, de criar, inovar e romper o grande desafio da crise. Cabe a cada empresário decidir o caminho que irá seguir: uma trajetória tradicional, conservadora e bem mais dolorosa, ou um perfil empreendedor, audacioso e com mais possibilidade de sucesso.

Aos que tomam o caminho tradicional e conservador, os primeiros erros partem de medidas súbitas, imediatistas e na maioria das vezes impensadas. Tais empresários, passam a analisar em primeiro lugar suas folhas de pagamento, e, de uma forma indiscriminada, passam a realizar cortes (pessoas), não pela capacidade, mas sim pelo valor que representam em seus pagamentos. O que infelizmente eles esquecem de analisar, é que nesse momento a empresa necessita de pessoas que sejam multifuncionais, ou seja, capazes de realizar mais de uma função ou tarefa, precisam de pessoas comprometidas, capacitadas, e que normalmente essa característica está nos melhores colaboradores, muitas vezes os mais bem pagos. Demitem algumas vezes um gestor de área considerando que a equipe tem capacidade de seguir sozinha, contudo geralmente nunca fazem uma reflexão analisando se é melhor demiti-lo ou agregar mais atribuições ao seu dia a dia em troca de outros colaboradores que são puramente operacionais.

Em seguida, passam a cortar despesas sem analisar os reflexos que as mesmas podem trazer no fluxo do dia a dia da empresa, ou mesmo o impacto que causam junto a seus clientes. Cortam por cortar sem avaliar os reflexos destes cortes.
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Outro grande problema é que a maioria dos empresários não possuem reservas estratégias para momentos de crise e consideram o seu Capital como algo intocável, sagrado, que não pode ser arriscado em qualquer que seja a estratégia de mercado. Na verdade, o brasileiro considera muito mais importante ter o Capital do que a Capacidade para tocar um negócio, e isso pode até dá certo em um momento de estabilidade econômica, quando o mercado é consumista e pouco se precisa fazer para vender. Entretanto, ao se deparar com um cenário de crise e recessão, não tem a capacidade estratégica de criar, inovar e muito menos investir, pois consideram de imediato que seria “jogar dinheiro fora”.

É exatamente nesse momento que conseguimos fazer um comparativo: “Empresário X Comerciante”, senão vejamos: o Empresário é um homem visionário, empreendedor, audacioso, criativo e desafiador, ao passo que o Comerciante tem uma característica conservadora, recatada, não se arrisca e é altamente imediatista.

De posse desse Raio X, conseguimos entender porque alguns crescem com a crise pois tiram mais conhecimento e aprendizado do mercado, de si mesmo e do seu próprio negócio. Vejam que não basta Capital, é necessário muito conhecimento do segmento de atuação, perfil empreendedor, criatividade e uma excelente gestão de pessoas.

Que tal deixarmos de fazer uma relação de Crise=>Problema, e passar a enxergar Crise=>Aprendizado?
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/crise-depende-do-ponto-de-vista/87572/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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