#Investimentos de empresas do agronegócio migram para Metade Sul

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 
Após se consolidar como nova fronteira agrí­cola, região começa a atrair indústrias do setor
Despertadas pela mudança de paisagem nos campos de pastagens da Metade Sul do Estado — que agora dividem espaço com a soja —, empresas ligadas ao agronegócio com bases sólidas no norte gaúcho se apressam em marcar território na nova fronteira agrí­cola. Por décadas considerada a metade econí´mica menos abonada do Rio Grande do Sul, a região se tornou o xodó dos investidores após o cultivo da soja ter provado que chegou para ficar. Só nos últimos dois anos, houve um acréscimo de 377 mil hectares cultivados com o grão, chegando a 1,3 milhão de hectares.

O movimento sentido Norte-Sul é puxado por unidades de recebimento de grãos, sementes e fertilizantes e indústrias de beneficiamento com matriz nas Missões e no Planalto Médio. Com projetos guardados a sete chaves, empresas disputam espaço em locais estratégicos. Com 11 unidades de recebimento de grãos no norte gaúcho, a Agrofel Grãos e Insumos, do Grupo Ferrarin, prepara-se para instalar de quatro a seis unidades na Metade Sul.

— Há muito espaço para explorar nessa região onde a soja expandiu nos últimos anos — avalia Wilson Ferrarin, fundador e presidente do conselho de administração da empresa.

Criado em Palmeira das Missões, na década de 1970, o grupo atua no mercado de defensivos, sementes, fertilizantes e calcário e também recebimento e comercialização de grãos. Cauteloso ao falar sobre os novos investimentos, com receio de «alertar os concorrentes», o empresário não revela os municí­pios onde serão instaladas as novas unidades, mas confirma que estarão concluí­das para a próxima safra.

— Durante quatro décadas, concentramos nossa atuação no Norte. Chegou a hora da mudança de rumo — resume Ferrarin.

Os investimentos em silos, um dos principais problemas para armazenar a produção agrí­cola, devem ser os primeiros a mudar as paisagens na região sul gaúcha.

— Já faltavam silos para armazenar a produção de arroz. Agora, com a soja, a demanda é ainda maior — aponta João Tadeu Vino, superintendente comercial da Kepler Weber, de Panambi, uma das principais fabricantes de silos e máquinas de limpeza de grãos do paí­s.

A expansão dos grãos para a Metade Sul fez com que as encomendas de silos aumentassem 15% no último ano, conforme o executivo. A perspectiva, em ano se safra recorde de soja, é de que o incremento seja bem maior em 2013.

— Com novos investimentos na área, a tendíªncia é de que o mercado cresça ainda mais — projeta Vino.

O movimento tem gerado expectativa também entre os municí­pios onde a procura por terras para plantio de grãos está cada vez mais forte.

— Precisamos consolidar a produção para atrair esses investimentos — diz Cesar Roberto Couto de Brito, prefeito de Pedro Osório e presidente da Associação dos Municí­pios da Zona Sul.

Indústrias ficam mais próximas da produção

Ao seguir o rastro da soja, indústrias de beneficiamento e de fertilizantes também se preparam para montar suas estruturas na região onde o plantio do grão mais do que dobrou nos últimos dois anos. Um dos endereços dos novos investimentos deve ser o distrito industrial de Bagé, onde o governo estadual negocia a venda de áreas a preço reduzido — R$ 2 mil o hectare.

— Estamos em tratativas adiantadas com empresas de beneficiamento e de fertilizantes que tíªm projetos de investimentos na região — diz Nery dos Santos Filho, diretor do Departamento de Ações e Programas Especiais da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento.

Nos 65 hectares do distrito, há apenas uma indústria instalada:um entreposto de recebimento de leite da BRF. Outra área do governo destinada a investimentos é o distrito industrial no porto de Rio Grande. As indústrias que gerarem créditos de ICMS podem ser beneficiadas também com incentivos adicionais ao Fundo Operação Empresa (Fundopem), com abatimento maior para os municí­pios da Região Sul.

— Quanto menor for o í­ndice de desenvolvimento do municí­pio em relação í  média do Estado, maior é o incentivo. A polí­tica industrial do governo define o agronegócio como prioritário — aponta Santos Filho.

Primeiras unidades operam somente com grão da região

Enquanto as empresas se preparam para desembarcar na nova fronteira agrí­cola, quem se antecipou quer agora manter a posição na região. Com 44 unidades de recebimento de grãos no Norte e oito na Região Sul, a Camera irá investir R$ 7 milhões em uma nova operação com capacidade estática de 300 mil sacas.

— Investimos na Região Sul quando os produtores estavam recém migrando para lá. Hoje, essas unidades operam apenas com produção local — afirma o superintendente da Camera, Roberto Kist, sem relevar o local do investimento previsto para 2014.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/campo-e-lavoura/noticia/2013/05/investimentos-de-empresas-do-agronegocio-migram-para-metade-sul-4154665.html

 

 

 

 

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas