Indústrias de leite de SC têm 80% dos trabalhadores ociosos, diz Sindicato

Segundo entidade, as 17 indústrias associadas somam 15 mil funcionários. Setor de carnes estima que as indústrias devem parar nesta quinta (26)
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As indústrias de leite de Santa Catarina têm cerca 80% dos trabalhadores ociosos, informou o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do estado (Sindileite). Segundo Valter Antonio Brandalise, presidente da entidade, as 17 indústrias associadas somam em torno de 15 mil funcionários.

De acordo com ele, as fábricas respondem por 70% do leite processado no estado. O Sindicato informou que calcula que o prejuízo diário na cadeia produtiva do setor esteja entre R$ 11 e R$ 15 milhões.
Caminhoneiros sc (Foto: PRF/Divulgação)Protesto de caminhoneiros em SC começou dia 18
(Foto: PRF/Divulgação)

A situação é consequência do protesto de caminhoneiros, que, somente das rodovias federais e estaduais catarinenses, bloqueiam trechos no Oeste do estado. O protesto dura nove dias e o abastecimento de produtos foi prejudicado.

Na manhã desta quinta-feira (26), havia 19 trechos bloqueados em rodovias federais e estaduais de Santa Catarina.

«As fábricas trabalham com 10 a 15% da sua capacidade. Uma ou duas estão paradas», disse Brandalise. Ele relatou que algumas cidades já começam a sofrer o desabastecimento, como Chapecó, no Oeste catarinense, e Joinville, no Norte.

Ainda conforme o Sindicato, 100% da coleta de leite feita no Rio Grande do Sul e no Paraná está parada há três dias. Além disso, 90% do leite produzido no estado não tem sido coletado devido à manifestação dos caminhoneiros. Isso equivale a 6,5 milhões de litros por dia, segundo a entidade.

Frangos e suínos
O setor de carnes – frangos e suínos – estima que as indústrias devem parar nesta quinta-feira (26). «As empresas estão parando de fazer o abate por falta de matéria-prima e insumos do campo e isso já começa a atingir o litoral catarinense», afirmou Ricardo de Gouvêa, diretor-executivo do Sindicato das Indútrias e Derivados de Carne do estado (Sindicarne).

Ele disse que quatro grandes empresas detêm 90% da produção catarinense, que, inclusive, é exportada. Ao todo, são 60 mil funcionários, mas o Sindicato não tem os dados de quantos estão parados.

«Como não está tendo ração, os animais começam a passar fome e tendem a perder resistência orgânica, ficando sujeitos a pegar alguma doença. Isso pode trazer um prejuízo muito maior, porque, dependendo da doença, teremos que comunicar à Organização Mundial de Saúde Animal», comentou Gouvêa.

Segundo o diretor-executivo do Sindicarne, esse quadro pode levar à suspensão de exportação de carne de Santa Catarina e do Brasil. «Nosso mercado foi conquistado com muito investimento. Recuperar isso é muito difícil», declarou.

Liberação de trechos
A Justiça Federal em Santa Catarina determinou a liberação de trechos de rodovias bloqueadas no estado. São eles: as BR’s 282,163 e 158, 116, 101, 470 e 153.

Estratégia da tropa choque
De acordo com a PRF, a liberação de trechos foi negociada por meio de negociação com os manifestantes no decorrer desta quarta (25). Em Pinhalzinho e Nova Erechim, no Oeste, a tropa de choque da PRF estreve presente, mas não foi necessário o uso da força.

Em todos os trechos, os caminhoeiros continuam próximos as rodovias, mas pararam de impedir a passagem daqueles que não querem participar do movimento. A PRF disse que a execução da liberação de cada trecho será avaliada independentemente. Os policiais têm a orientação de solicitar a liberação de maneira pacífica, mas não deixam de lado a possibilidade de confronto.

Trechos bloqueados no estado
Segundo as polícias Militar Rodoviária e Rodoviária Federal, veículos de passeio, ônibus e caminhões com carga perecível passam normalmente pelos pontos onde há manifestação.

São abordados os caminhoneiros que levam carga seca. Não há previsão para o fim dos bloqueios, informou a PRF.

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/02/industria-de-leite-de-sc-tem-80-dos-trabalhadores-ociosos-diz-sindicato.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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