#Industriais do leite criticam estudo sobre o preço do leite

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Estudo do Ministério da Agricultura acusado de nõ reflectir a realidade do preço do leite ao longo de toda a cadeia de abastecimento.

A Associação Nacional dos Industriais de Lacticí­nios (ANIL) e a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenelac) criticaram um estudo sobre os preços do leite ao longo da cadeia de abastecimento feito pelo Ministério da Agricultura que dizem não corresponder í  realidade.

Em Dezembro, o Grupo de Planeamento e Polí­ticas do Ministério da Agricultura, divulgou um relatório que concluia que o preço das rações, um dos principais custos de produção do leite, aumentou 6,6% entre 2005 e 2011. Um aumento que representa dez vezes mais do que o preço pago aos produtores. E sublinhava que «esta evolução revela a incapacidade de refletir as grandes subidas dos custos inerentes í  atividade agrí­cola nos anos mais recentes, traduzindo-se numa diminuição das margens ligadas í  produção».

Este estudo, intitulado»índices de Preços na Cadeia de Abastecimento Alimentar para o sector do Leite» foi elabora no no quadro de actividades da PARCA (Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar) que tem como objectivo promover a transparíªncia ao longo da cadeia alimentar.

Mas as organizações do sector discordam das conclusões e da metodologia usada, acusando o estudo de colocar a indústria de leite numa posição mais favorável do que a realidade ao publicar dados difí­ceis de ratificar. «Este documento apresenta falhas metodológicas graves que condicionam todo o estudo e que dão origem a constatações distorcidas e muito distantes da efectiva repartição do valor ao longo da cadeia», dizem.

Em concreto, a ANIL e Fenelac afirmam que os preços í  saí­da de fábrica referidos no estudo refletem apenas um valor máximo possí­vel e não a realidade.

De acordo com o relatório, o preço do leite embalado í  saí­da da fábrica tem vindo a aumentar cerca de 15% desde 2005. Porém, os verdadeiros preços recebidos pelas empresas fornecedoras de leite são impossí­veis de se saber devido í  â€œlarga diversidade de descontos contratuais e extra-contratuais” exigidos pelas lojas, dizem as organizações, em comunicado.

«Em verdade o conceito de preços í  saí­da de fábrica não existe e, pelo menos no sector de lacticí­nios, os preços
comunicados são bastante superiores aos preços lí­quidos efectivamente recebidos pelas empresas, o que distorce
completamente a análise efectuada», acrescenta o comunicado.

O estudo e as suas conclusões «colocam a indústria numa posição muito mais favorável do que a que efectivamente se verifica», sublinhando que «as próprias autoridades tíªm constatado sistematicamente um comportamento desleal da moderna distribuição e predatório ao ní­vel dos preços e margens que pratica.»

Em Janeiro de 2012, por exemplo, o Continente vendeu leite a 13 cíªntimos por litro – cerca de 20 cíªntimos abaixo do preço corrente. Embora Portugal produza leite suficiente para o mercado nacional, o Continente terá adquirido o leite em Espanha abaixo do custo de produção, levando a ANIL e Fenelac a acusar a grande superfí­cie de pactuar com dumping: “Fica evidente que o único objectivo das importações de leite é a destruição de valor e das marcas comerciais nacionais e, em última análise, o aumento dos lucros da distribuição, nem que para tal milhares de produtores de leite e as suas famí­lias declarem falíªncia”.

Assim, o comunicado acusa o relatório governamental de ignorar a realidade da indústria láctea e de tirar conclusões que são “manifestamente contraditórias” í s de outros estudos, concretamente os da Autoridade da Concorríªncia.
http://www.publico.pt/economia/noticia/industriais-do-leite-criticam-estudo-sobre-o-preco-do-leite-1585723

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas