#Impacto da alta do leite na inflação preocupa governo

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De acordo com fontes do governo, o objetivo das mudanças é flexibilizar as regras do acordo de restrição voluntária de exportações que os produtores argentinos tíªm com seus parceiros brasileiros que limita a venda de leite da Argentina a 3,6 mil toneladas de leite em pó a cada míªs.

«Em maio, a Argentina exportou apenas 1,4 mil toneladas para o Brasil e não foi por falta de cotas. A polí­tica do governo Kirchner é segurar o leite lá para controlar a inflação no paí­s vizinho. Mexer nas cotas pode não resolver», afirma Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional da Pecuária Leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A avaliação oficial é que o leite importado precisa chegar rapidamente ao mercado doméstico para viabilizar algum impacto em preços – daí­ a prioridade de buscar o leite em paí­ses próximos em vez de importar de outros mercados mais distantes.

Os dados do IBGE mostram que, de janeiro a maio, os leites e derivados acumulam alta de 8,46% no IPCA, í­ndice usado como referíªncia para as metas de inflação. O í­ndice geral mede inflação acumulada de 2,88% no ano.

O preço do leite em pó subiu no mercado internacional por causa de uma seca na Nova Zelí¢ndia, principal exportador mundial. A tonelada subiu de US$ 3.600 em setembro do ano passado para US$ 5.500 no iní­cio do ano. Já houve algum recuo, mas os preços continuam distantes do ano passado.

Além do choque de oferta internacional, o Brasil está na entressafra do leite, que vai do fim de abril a setembro, onde há um aumento natural de preços.

Em Minas Gerais, maior bacia leiteira do paí­s, produtores reagiram com crí­ticas í  intenção do governo de permitir mais leite importado no mercado. O novo presidente da Itambé, Alexandre Almeida, disse que a medida tende a ter pouco resultado no combate í  inflação.

Primeiro porque a Argentina não está conseguindo remeter ao Brasil a cota de 3.600 toneladas de leite em pó por míªs. Segundo porque a pressão vem do mercado internacional. «A cotação do leite em pó, que é a referíªncia, está em torno de US$ 5.000 a tonelada, o que ao cí¢mbio atual significa R$ 11,25 o quilo, isso sem contar os custos de transporte. No mercado brasileiro, o leite em pó está R$ 11,50.»

Para Almeida, seria mais vantajoso e eficiente no combate í  inflação leiteira, o pagamento por parte do governo de créditos de PIS/Cofins devido í s empresas.

«Indiretamente, estaremos investindo na produção primária de outros paí­ses», queixou-se o diretor-executivo do sindicato dos laticí­nios do Estado de Minas Gerais, Celso Moreira.

«O setor tem um programa para melhorar a competitividade e aumentar a produção nacional em 70% nos próximos dez anos. Se recuperarmos a autossuficiíªncia, não dependeremos mais de importações», explica Rodrigo Alvim.

O programa idealizado pela CNA prevíª treinamento intensivo para os produtores de leite, além de financiamento para aquisição de máquinas e melhoria na alimentação dos animais.

http://cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=299888&codDep=6

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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