Amapá ainda faz parte do grupo de risco da doença, informou a SFA/AP. Doença causada por vírus provoca febre e aftas em bovinos e bubalinos.
O rebanho bovino e bubalino do Amapá poderá atingir o status sanitário de livre da febre aftosa até o fim de 2015, segundo a Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Amapá (SFA/AP). A instituição informou que pretende imunizar cerca de 350 mil animais na campanha de vacinação que vai acontecer entre 15 de setembro e 15 de novembro, para os 16 municípios.
Segundo o coordenador do Serviço de Saúde, Inspeção e Fiscalização Animal da SFA/AP, Adriano Benício, o período de imunização foi alterado no calendário em atendimento a solicitações de pecuaristas do estado. A campanha, agora, vai durar 60 dias, com a finalidade de atender à quase a totalidade do rebanho do Amapá.
«Antigamente era realizada [campanha] de 15 de outubro a 15 de novembro, mas havia produtores de bovinos do município do Amapá que ainda estavam com o campo seco, dificultando o manejo. Se fosse em agosto, os produtores do baixo Araguari seriam prejudicados por conta dos campos estarem alagados. Encontramos um meio termo, de 15 de setembro a 15 de novembro, pretendendo melhor atender a todos», reforçou Benício.
De acordo com a SFA/AP, o estado ainda não pode exportar bovinos e bubalinos porque faz parte do grupo de risco da doença. Conforme o superintendente da instituição, Adailton de Jesus, no ano de 2014 foram imunizados 78% do rebanho amapaense durante a campanha.
Em 2015, o objetivo da campanha é imunizar mais de 90% do rebanho, que hoje conta com aproximadamente 350 mil animais, para que o Amapá possa atingir o status sanitário de livre da febre aftosa, reforçou o superintendente da SFA/AP, Adailton de Jesus.
«Pretendemos alcançar o maior número de rebanho do estado. A nossa meta é ultrapassar os 90%, para erradicarmos a doença do estado. Por conta disso, o Ministério da Agricultura resolveu flexibilizar a data, atendendo aos interesses dos pecuaristas, para que se sintam envolvidos com o processo», disse.
Vacinação
Conforme Adriano Benício, as vacinas geram custo para o criador, em torno de R$1,50 a R$2,00, a dose, e é de responsabilidade do pecuarista, prevista pela lei brasileira. Após a campanha, o pecuário deve ir a uma sede da Agência de Defesa Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) par comprovar a imunização do rebanho.
«O estado todo tem que vacinar os rebanhos de búfalos e bovinos. Quem não vacinar está sujeito à multa, que varia por animal não vacinado, além que cometer o crime de incolumidade pública, pondo em risco as exportações nacionais, afinal o Brasil é o maior exportador de carne industrializada do mundo», falou Benício.
Febre aftosa
A doença é causada por um vírus que provoca febre e aftas, principalmente na região das mucosas, como boca, patas e tetas dos bovinos e bubalinos, público alvo das campanhas de vacinação. A febre aftosa causa perda na produção de leite e carne. Por não existir tratamento para a doença, e por causa do alto poder de difusão do vírus, é necessário sacrificar os animais doentes
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2015/08/governo-estende-vacina-contra-aftosa-em-busca-do-status-de-livre-do-virus.html