Os órgãos de fiscalização do Governo de Andradina estão intensificando fiscalização da venda de leite in natura na cidade. A ação visa coibir a comercialização do produto não inspecionado.
Segundo o veterinário Aziz Abdelnour, do Centro de Controle de Zoonozes de Andradina, a venda do produto ainda vem acontecendo apesar da população já conhecer os riscos.
“O consumo do leite cru pode causar algumas doenças como tuberculose, hepatite, leptospirose e até toxoplasmose, temos que acabar com essa cultura que parece inofensiva mais a verdade é que pessoas estão correndo risco de vida”, alerta Aziz.
Além dos riscos naturais, os recipientes utilizados no transporte, geralmente garrafas pet, não são higienizados o que aumenta o risco de contaminação. A maioria do material é reciclado pelos próprios leiteiros que não possuem recursos para promover a higienização e nem sabem se o material não foi utilizado anteriormente para armazenar outras substâncias nocivas a saúde humana.
Já o leite pasteurizado passa por processos térmicos e analise em laboratório e não oferece risco de contaminação ou adulteração.
“A qualidade do leite produzido e pasteurizado pela Associação de Leiteiros de Andradina é excelente. Ele é um leite 100% do qual nada é retirado. Trocar esse leite por um que não teve nenhum tratamento é um crime à saúde pública”, afirma o veterinário.
De acordo com o secretário da Agricultura e Abastecimento do Governo de Andradina, Nino Spegiorin, o trabalho de conscientização é realizado diariamente pelo contato direto com as famílias produtoras e o controle acontece em parceria com a Secretaria de Saúde e o Setor de Fiscalização.
A multa para os leiteiros que forem pegos distribuindo leite cru varia de 10 a 30 UFM (Unidade Fiscal do Município), ou seja, de R$ 201,10 a R$ 603,30, conforme estabelece o Código de Postura de Município. Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização, Rodolpho Shinkado, a multa dobra em caso de reincidência.
Por: Gazeta da Região Sidy Silva