#Fiscalização do transporte do leite não é obrigatória

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Em entrevista ao site de VEJA, o presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida, Nilson Muniz, explica que a adulteração foi possí­vel porque esse tipo de análise não faz parte das exigíªncias do Ministério da Agricultura

 

Nilson Muniz, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) (ABLV/Divulgação)

A recente descoberta da fraude do leite, cometida por transportadores do Rio Grande do Sul, obrigou a indústria de laticí­nios a procurar o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para limpar a imagem azeda que ficou para todo o setor. Os transportadores acrescentavam produtos como formol e ureia no caminhão tanque antes de entregar o leite para as empresas. A proposta é intensificar o processo de fiscalização e acompanhar de perto diversos processos que compõem a cadeia de produção do leite. Em entrevista ao site de VEJA, o diretor-executivo da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABVL), Nilson Muniz, explica como são feitos, hoje em dia, os testes no leite, quais são os problemas para a detecção de fraudes e como eles pretendem evitar que a segurança alimentar do consumidor corra novos riscos.

Por que ocorreu a fraude no Rio Grande do Sul?
Nesse caso especí­fico, a análise em questão não era obrigatória, pois não havia, há décadas, indí­cios desse tipo de adulteração. Assim como todas as demais indústrias de produtos lácteos, a indústria de leite longa vida é fiscalizada pelo SIF (Sistemas de Inspeção Federal). Cabe a elas (empresas) aplicar todas as análises de boas práticas de fabricação exigidas pelas autoridades. Cabe ao governo fiscalizar seu cumprimento.

Como funciona o processo de análise do leite?
O leite cru que chega í  indústria é submetido a um extenso protocolo de análises exigidas pela legislação brasileira antes de ser processado para transformar-se em leite de consumo ou derivados. Mas algumas análises não são classificadas como de rotina.

Qual é a responsabilidade dos fabricantes pelas alterações na matéria-prima?
A análise para detecção desse tipo de adulteração não faz parte do conjunto de análises exigidas pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Portanto, não é uma análise de rotina. Uma vez detectado o problema, a análise passou a ser feita sistematicamente para todas as indústrias lácteas do Rio Grande do Sul.

Depois de descoberto o caso, quais as medidas que foram tomadas?
As empresas do Rio Grande do Sul, por determinação do Mapa, incluí­ram em seu processo de recebimento de leite cru análise especí­fica para evitar a adulteração praticada pela quadrilha presa na região. Essa mesma análise, por orientação do Mapa, deverá ser implantada em todo o paí­s. Esta será também a orientação da associação aos associados.

Como estão as conversas da ABLV com o Ministério da Agricultura? Alguma nova medida está prevista?
Esse episódio diz respeito í  cadeia láctea como um todo. As entidades que representam todo o setor estiveram no último dia 22 em Brasí­lia, em reunião conduzida pelo Ministério da Agricultura, para definir uma Agenda Positiva para a cadeia produtiva do leite. Essa agenda inclui cuidados e procedimentos relativos ao transporte e análise do leite até a plataforma de recebimento na indústria.
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/fiscalizacao-do-transporte-do-leite-nao-e-obrigatoria

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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