Expansão da Nestlé depende de rodovia

A falta de infraestrutura viária para escoamento da produção da fábrica de leite em pó da multinacional suíça Nestlé, em Ibiá, no Alto Paranaíba, pode inviabilizar novos investimentos da empresa no município e, até mesmo, levar à transferência da unidade para outro local.
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A falta de infraestrutura viária para escoamento da produção da fábrica de leite em pó da multinacional suíça Nestlé, em Ibiá, no Alto Paranaíba, pode inviabilizar novos investimentos da empresa no município e, até mesmo, levar à transferência da unidade para outro local. A reivindicação é pela construção de um anel rodoviário fazendo ligação à BR-262, ampliando o acesso de caminhões à cidade.

O deputado estadual João Bosco (PT do B), cuja base eleitoral é na região, disse que há anos o município vem lutando junto ao governo do Estado pela construção da alça. «A produção na planta da Nestlé hoje se restringe a leite em pó e ela já opera na capacidade máxima. Há possibilidade de ampliação e diversificação da produção, mas isso não é possível sem a construção do anel, já que a circulação dos caminhões é feita no perímetro urbano, o que impede que um volume maior de cargas seja transportado», afirmou.

Conforme Bosco, embora o Estado esteja com dificuldades financeiras, o investimento é «urgente» e vai contribuir para o aumento de receita de arrecadação para o Estado. «A gente sabe que há alternativas (para angariar os recursos). Embora o projeto executivo do anel viário ainda não esteja pronto, o investimento necessário deve variar entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões», ressaltou.

Hoje a captação diária de leite feita pela companhia na região chega a 900 mil litros e a fábrica de Ibiá gera cerca de 284 empregos diretos e outros 2 mil indiretos. «Sabemos que há interesse de ampliar essa produção, mas com a atual infraestrutura é impossível. Já chegou a ser ventilado na cidade até uma possível transferência da planta da Nestlé para outro município em função das dificuldades logísticas», alertou.

A prefeitura de Ibiá informou, por meio de sua assessoria, que tem total interesse no projeto e que aguarda um posicionamento positivo do governo do Estado em relação às obras. Porém, até o momento isso não teria ocorrido.

Em 2010, a unidade da Nestlé em Ibiá passou por ampliação, quando a planta recebeu aportes de R$ 35 milhões destinados ao aumento da capacidade de processamento de leite, que passou de 600 mil litros por dia para 900 mil litros/dia.

Atualmente, a gigante suíça do ramo de alimentos possui 30 fábricas no Brasil, cinco delas em Minas. Além de Ibiá, há unidades em Montes Claros (Norte de Minas), onde é fabricado o Leite Moça; Teófilo Otoni (Vale do Mucuri); São Lourenço (Sul de Minas), voltada para o engarrafamento de água mineral; e Ituiutaba (Triângulo).

Cápsulas

Em novembro do ano passado, a Nestlé anunciou novos investimentos no País, dando início à construção de sua primeira fábrica de cápsulas a ser instalada fora da Europa. A nova unidade será erguida em Montes Claros, no Norte de Minas, em terreno anexo à planta atual, onde estão previstas inversões da ordem de R$ 300 milhões.

O projeto da multinacional prevê o processamento de 24 toneladas/dia de café e a produção de 17 toneladas/dia de bebidas lácteas. A projeção da companhia, segundo informou recentemente o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, é que até outubro, a Nestlé dê início à produção de cápsulas para máquinas de café. Hoje, o Brasil importa 100% desse tipo de produto.

Fonte: Jornal Diário do Comércio.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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