Estragos no campo, preços altos no mercado: carne e #leite sobem

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As adversidades climáticas do início de ano, marcadas pela forte estiagem que atingiu áreas de Sul e Sudeste e por chuvas em excesso em polos de produção de grãos e leite, como em Mato Grosso, pressionaram os índices de inflação no período, mas os estragos que produziram em lavouras e rebanhos terão impactos também nos indicadores de preços de alimentos e produtos de origem Agrícola ao longo do ano. Na pecuária, a seca castigou as pastagens justamente no período em que elas são mais fartas e garantem ganho rápido de peso ao gado para engorda e aumentam a produção dos rebanhos leiteiros.

 

 

 

 

 

 

 

Ou seja, época em que normalmente há queda de preços da carne e do leite.

 

 

 

Em vez disso, entre janeiro e março o preço da arrouba do boi vivo subiu 9,9%, e o da carne bovina, 9,2%, de acordo com o Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada, da ESALQ-USP. No caso do leite, com a menor captação entre o produtores, os preços subiram 1% em São Paulo nesse período, mas no Paraná a alta chegou a 3%, mesmo valor da alta do produto na média em todo o país.

 

 

 

– Houve um comprometimento muito grande das pastagens, pois esses eram meses para ter boas chuvas – diz César Castro Alves, analista de pecuária da consultoria MB Agro.

 

 

 

Outro produto cujos preços devem continuar salgados ao consumidor é o café. O forte calor do verão atingiu os cafezais antes da safra, que começa em julho, porque comprometeu a formação dos grãos que serão colhidos este ano. E prejudicou também a formação das árvores para a próxima safra.

 

 

 

O tamanho do estrago: as projeções para a atual safra brasileira do produto, antes de 485 milhões de sacas, despencaram 13%, para 42 milhões de sacas, e o preço da saca já subiu 50% em relação a janeiro.

 

 

 

– O problema é que serão entre 12 milhões e 15 milhões de sacas a menos em dois anos, o que é um estrago tremendo. O preço está alto e vai continuar alto – diz Castro Alves.

 

 

 

De acordo com o economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ), os preços dos alimentos e produtos agrícolas tendem, de uma maneira geral, a se acomodar nos próximos meses. Mas não na medida que se esperava para este ano.

 

 

 

Em 2013, lembra, os alimentos pressionaram no início do ano, mas depois caíram fortemente a partir do segundo trimestre.

 

 

 

– Começamos o ano prevendo uma inflação de alimentos mais baixa, mas veio a seca, incomum para essa época. Por isso, talvez não haja espaço para recuos tão intensos quanto os que ocorreram em 2013 – diz Braz.

 

 

 

O movimento mais visível dessa acomodação de preços ocorre entre as frutas legumes e verduras. No Ceagesp, o maior centro de distribuição de alimentos da América Latina, os preços médios tiveram alta média de 10,72% entre janeiro e março, de acordo com índice elaborado pela central. Na primeira quinzena deste mês, contudo, o índice já recuava 4,89%, com queda média dos preços dos legumes de 16,76%, o das verduras cedendo 10,18% e das frutas, 2,51%.

 

 

 

O nó climático do início do ano atingiu também intensamente as culturas de grãos, notadamente a Soja e o Milho.

 

 

 

De acordo com o Rally da safra, levantamento realizado pela consultoria Agroconsult nas principais regiões produtoras do país, as perdas nas lavouras desses dois grãos chega a 10 milhões de toneladas.

 

 

 

Com isso, a projeção para a atual safra de Soja, que era de 91,6 milhões de toneladas este ano, foi revista para 86,9 milhões de toneladas.

 

 

 

Fonte: Ronaldo D’ercole/ O Globo

 

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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