Estocar #leite é a saída contra altas

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O preço do leite em Ribeirão Preto já subiu 10% nos últimos 30 dias e deve ter nova alta de até 20% até o fim do mês.

Sem conseguir segurar, comerciantes repassam aumentos; para se proteger, consumidor armazena
O preço do leite em Ribeirão Preto já subiu 10% nos últimos 30 dias e deve ter nova alta de até 20% até o fim do mês.

Na tarde desta quarta-feira (7), em lojas de grandes redes de supermercados, uma caixinha de leite Jussara custava em média R$ 2,50. Já o litro da marca Ninho era vendido por médios R$ 3,60.

O motivo das altas seguidas é a escassez do alimento devido à estiagem nas principais bacias leiteiras do país e ao começo da entressafra.

“Não tem jeito e tenho que repassar aos consumidores os reajustes que recebo”, diz Lucas Amaral, da Panificadora Fiorella Gourmet. “Em abril tivemos que subir de 8% a 12%, e neste mês o leite vai ficar até 15% mais caro.”

Diante à situação, já tem ribeirão-pretano que estoca caixinhas de leite para tentar escapar de novas altas de preços.

“Sempre que encontro promoções, compro e estoco porque compensa”, diz a fisioterapeuta Francise Evarine.

“Estou de olho nos preços e vou seguir estocando, porque o valor total faz a diferença na economia doméstica”, emenda ela, mãe de Miguel, de 4 anos, que compra em média 35 litros de leite por mês.

Marcas menos caras são disputadas

Fora a estocagem, a troca por uma marca de leite mais em conta é uma saída para enfrentar as altas de preços.

“Já troquei de marca para economizar, mais mesmo assim os valores seguem pesando no bolso”, diz a auxiliar de enfermagem Roselaine Alvarenga. “Pagava R$ 18 pela caixa com 12 unidades e agora pago R$ 33.”

Os preços altos assustam o consumidor e azedam os negócios dos estabelecimentos comerciais. “Diante os reajustes, as vendas já caíram em torno de 30%”, diz Lucas Amaral, da Panificadora Fiorella.

Marisa Miranda, do Supermercado Maximus, tenta segurar o repasse de reajustes o quanto pode. “Às vezes abrimos mão de ter margem de lucro porque o consumidor sempre compra algo junto com o leite”, comenta.

“Em março, para conter os efeitos da inflação não promovemos reajuste, mas será difícil continuar sem repasses”, observa.

Pingado e cappuccino também sobem

Mais caro, o leite também é vilão do pingado. “Desde março o preço já subiu 25% e deve ter nova alta de 20%”, diz Alessandra Vargas, gerente do Rei do Pão de Queijo.

Hoje, o estabelecimento vende o copo de pingado por R$ 2,50, enquanto o cappuccino está em R$ 3.

“Se vierem outros reajustes, infelizmente teremos que repassar”, lamenta.

Ruim para o consumidor e para o comerciante, a situação pode ser motivo de celebração para o produtor.

Segundo o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, no mês de abril o produtor de leite recebeu valor bruto (com frete e impostos) 6,16% maior em relação a março.

A explicação para a alta foi a estiagem do começo do ano nas principais regiões produtoras do país, fora o início da entressafra em abril.

O preço de leite pago ao produtor voltou a subir pelo segundo mês consecutivo, em abril. Eles receberam valor bruto (com frete e impostos) de R$ 1,0838 por litro, alta de 6,16%, em relação a março, provocada pela seca nas bacias leiteiras e pela entressafra que contribuíram para a restrição de oferta.

http://www.jornalacidade.com.br/noticias/economia/NOT,2,2,949604,Estocar+leite+e+a+saida+contra+altas.aspx

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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