#Estiagem eleva custo de produção do leite

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No Paí­s, preço pago ao produtor subiu 1,3% em outubro; mas oferta equilibrada do produto deixou preços estáveis no Paraná

A estiagem registrada em quase todo o Paí­s nos meses de agosto e setembro afetou a qualidade das pastagens e, somada í  valorização da soja e do milho, contribuiu para a elevação do custo de produção de leite em quase todas as regiões produtoras. No entanto, a oferta do produto não chegou a sofrer grandes prejuí­zos, pois os bons í­ndices de chuva durante a entressafra haviam favorecido a manutenção das pastagens.

»O inverno teve regularidade de chuvas, o que garantiu um bom í­ndice de captação durante a entressafra e manteve a oferta de leite alta. Mas a seca de quase 60 dias ocorrida na sequíªncia começou a refletir na qualidade do pasto a partir do meio de setembro», descreve o veterinário do Departamento de Economia Rural (Deral), Fábio Mezzadri. Ele explica que esses movimentos mantiveram o preço do leite equilibrado no Paraná. Nos meses de setembro e outubro a média estadual paga ao produtor se manteve em R$ 0,79 por litro, valor 4,8% inferior ao praticado em setembro do ano passado, quando o litro era comercializado a R$ 0,83.

Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, na média nacional, o preço do leite recebido pelos produtores em outubro subiu 1,3% em relação ao míªs anterior, chegando a R$ 0,8097/litro (preço lí­quido). A pesquisa tem como base a média ponderada dos valores pagos nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Já na comparação com outubro de 2011, o preço do leite apresentou um recuo de 5,5%. Diferentemente do Deral, a pesquisa do Cepea aponta que no Paraná houve alta de 1,9% na cotação do leite, que finalizou outubro com média de R$ 0,7859 por litro.

A avaliação do Cepea é de que a terceira alta consecutiva do produto é consequíªncia da oferta reduzida de leite no Brasil, resultado da estiagem prolongada em várias regiões do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, e da finalização da safra no Sul do Paí­s. O Cepea calcula que os custos de produção de leite estão cerca de 20% mais elevados que no mesmo perí­odo de 2011. »O produtor reduziu ligeiramente a produção porque teve dificuldade de adquirir ração devido ao preço elevado dos grãos. Por usar pouca alimentação suplementar, o produtor teve menos condições de minimizar o efeito do clima nas pastagens», analisa Mezzadri.

Em setembro, o índice de Captação de Leite (ICAP-Leite/Cepea) registrou queda de 0,5% em relação a agosto. Em relação a setembro de 2011, o í­ndice esteve 1,3% superior e considerando-se o acumulado em doze meses, houve aumento de 2%. No Paraná, o í­ndice ficou praticamente estável.

Diante desse cenário, a maior parte dos agentes de mercado consultados pelo Cepea espera que os preços do leite tenham estabilidade ou alta em novembro. »Estamos no perí­odo de iní­cio de safra e a previsão é de aumento de oferta, mas a recuperação das pastagens não ocorre rapidamente. A tendíªncia é de que a oferta comece a se regularizar a partir de dezembro e de que tenhamos cerca de dois meses de preços estáveis», argumenta Mezzadri. Segundo o veterinário, é possí­vel que a partir de dezembro o preço dos produtos lácteos apresente queda, mas ainda é cedo para estimar a intensidade da desvalorização tendo em vista que a margem de ganho do produtor já está pressionada pelos custos.
http://www.expressomt.com.br/economia-agronegocio/estiagem-eleva-custo-de-producao-do-leite-37734.html

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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