Os produtores presentes í reunião de ontem do Agropacto defenderam o perdão total das dívidas ocasionadas pela seca, além da criação de uma linha de crédito especial para aquisição de ração e da abertura de crédito rural emergencial desburocratizado. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), os agricultores também apontaram a implantação de carros-pipa voltados para o abastecimento dos rebanhos e a construção de novos açudes como medidas importantes para minimizar os efeitos da estiagem que desde o ano passado afeta o Ceará.
Conforme divulgou ontem a Faec, a reunião foi convocada pela federação para discutir as propostas, dos produtores cearenses, que serão levadas a audiíªncia pública, em Brasília, no dia 8 de maio. A reunião contou com a apresentação de um documento elaborado por uma comissão de cinco técnicos, com a participação de 79 sindicatos rurais, e foi apresentada pelo presidente do Sindicato Rural de Limoeiro do Norte e vice-presidente da Faec naquela região, Luis Mendes de Sousa Andrade.
Os produtores também apresentaram como estratégias necessárias, entre outros pontos, a instalação de novos dessalinizadores e reativação dos existentes, construção de barragens subterrí¢neas, área destinada í produção de forragem para a pecuária de leite, formação de reserva estratégica de forragem, maior celeridade nas obras da transposição das águas do Rio São Francisco, isentar os impostos dos insumos para produção de ração animal e ampliação o uso dos espelhos d´água dos açudes públicos para a piscicultura.
A reunião de ontem do Agropacto contou com as presenças dos deputados federais Antonio Balhman – coordenador da bancada federal – e Raimundo Gomes de Matos, representantes do Banco do Nordeste (BNB), do Banco do Brasil, da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), da Agíªncia de Desenvolvimento Econí´mico do Estado (Adece), Serviço de Apoio í s Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), além de presidentes de sindicatos de 11 regiões do Estado e de associações de produtores.
Fonte: Diario de Nordeste