#Criadores de Itapetininga investem em búfalos e ampliam a produção de leite

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Levantamento da Casa da Agricultura apontou 2.684 cabeças e estimativa de 4.900 litros/dia

Do total de 2.684 cabeças em Itapetininga, 1.818 eram de fêmeas em idade de produção de leite – Adival B. Pinto

 

 

Laticínios e o próprio leite de búfala têm sido valorizados e encontrados com maior facilidade no mercado. Com mais proteínas e também gordura que o de vaca, o leite conquista espaço e é comum as pizzas com o queijo muçarela de búfala, um pouco mais forte. As maiores regiões produtoras no Estado de São Paulo estão localizadas em Itapetininga e no Vale do Ribeira. A Casa da Agricultura de Itapetininga realizou levantamento este ano em que contabilizou rebanho de 2.684 cabeças no município e estimativa de produção diária de 4.900 litros. A média de produção é de 5 litros por animal.

 

A bubalinocultura, que começou no Brasil na década de 80 e se expandiu rapidamente em Itapetininga, se retraiu mais tarde. Mesmo assim foi possível desenvolver uma cultura da pecuária leiteira de búfalos no município. A valorização do leite e laticínios no mercado aliada à rusticidade da espécie, mais fácil de criar que bois, faz com que a atividade esteja em expansão em Itapetininga e municípios da região: Pilar do Sul, São Miguel Arcanjo e Sarapuí.

 

O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2011, colocou Registro, no Vale do Ribeira, como município com maior rebanho no Estado, com 5.161 cabeças. Depois vem Barra do Turvo, com 4.280; Iguape, com 3.500; Pompéia, com 3.354; e Pilar do Sul, com 3.260. Na estatística do IBGE, Sarapuí aparece em 6º, com 3.205; seguido de Sete Barras, com 2.900; Itapetininga, com 2.710; e São Miguel Arcanjo, com 2.510. Ainda conforme o censo de 2011, o Estado de São Paulo tem um rebanho bubalino de 75.748 cabeças, distribuído em 359 municípios.

 

A equipe da Casa da Agricultura identificou e entrevistou 65 criadores no município, sendo que 47 afirmaram que comercializam o leite, que vai para laticínios de fora do município, sendo o principal produto a muçarela, para supermercados e restaurantes. O técnico agrícola Lucas Nogueira visitou as propriedades e colheu dados sobre tipos de manejo, pastagem, espécies, entre outros fatores, que constou do levantamento. Cerca de 16% dos criadores usam ordenha mecânica e 84% a convencional, manual. Do total de 2.684 cabeças em Itapetininga, 1.818 eram de fêmeas em idade de produção de leite. O distrito de Conceição concentra o maior número de criadores (41) e rebanho (1.184 cabeças).

 

A produção de leite de búfala no município e região justificaria a instalação no município de um laticínio de médio ou grande porte, o que facilitaria o transporte e melhores preços para os produtores. A veterinária da Casa da Agricultura, Fabiana Ribeiro, explica que parte do leite é transformado em queijo ainda no município, muitas vezes na propriedade rural, com inspeção municipal e para o consumo local. «É uma maneira de agregar valor ao leite», observa Fabiana. Em fevereiro, a Cooperativa Castrolanda e a Batavo anunciaram investimento de R$ 80 milhões para construção de uma fábrica de laticínios no município.

 

Em maio, um simpósio sobre bubalinocutura leiteira reuniu 60 criadores em Itapetininga. Eles discutiram novas formas de manejo, de maneira a melhor a produtividade, e as expectativas de crescimento diante da maior aceitação dos laticínios. De acordo com Fabiana, antes havia uma certa resistência aos produtos do leite de búfala, que é um pouco mais forte que o de vaca. Mas isso mudou nos últimos anos e é preciso dar atenção a essa atividade pecuária, que já tem um histórico na região, diz a veterinária.

 

A carne tem menor aceitação que o leite e o queijo, conforme Fabiana. Para a venda, o consumidor tem que ser avisado que se trata de carne de búfalo, informa Fabiana. Uma das principais vantagens dos bubalinos é o manejo, mais fácil que o gado bovino. Resiste melhor às variações de temperatura, sol e doenças e ganha peso em menos tempo que o boi. A espécie é de origem asiática e há quatro principais variedades produzidas comercialmente: a Carabao, Jafarabaldi, Murrah e Mediterrânea.

 

http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/513884/criadores-de-itapetininga-investem-em-bufalos-e-ampliam-a-producao-de-leite

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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