#Confiantes no mercado,produtores investem na pecuaria leitera

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O cenário atual na pecuária leiteira está marcado pelo aumento no custo de produção, situação cambial desvantajosa e forte concorríªncia externa com destaque para a elevação no número de importação do leite. Na teoria, o momento seria de retração, todavia, na contramão do mercado, muitos produtores resolveram investir na atividade de olho em um futuro próspero.

Na visão de especialistas do setor, essa é uma das saí­das para permanecer na atividade,uma vez que ao investir, o produtor estimula a eficiíªncia na produção e consequentemente profissionaliza-se para aumentar a escala.

O diretor presidente da Calu, Cenyldes Moura Vieira, avalia que esse comportamento parte dos produtores que tíªm a visão profissional do negócio. “Se formos analisar, a demanda por lácteos cresceu nos últimos anos no Brasil.Todavia, ainda temos muito que explorar. O consumo per capita de leite recomendado pela Organização das Nações Unidas é de 200 litros/ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia e Estatí­stica – IBGE, em 2011, atingimos 166,6 litros e, no último ano, 170 litros. Temos um déficit de 17% no consumo ideal.Levando em conta o crescimento da população que chega a 1,15% ao ano, se o Brasil quiser atingir esse consumo, tem-se que acrescentar no mercado mais de 1 milhão de litros de leite por dia. Trazendo para a nossa realidade seria multiplicar por seis vezes a produção diária da Calu”, explica.

Para complementar, acrescenta o gerente administrativo da Calu, Marino Santos de Resende: “Temos uma demanda em potencial de 44 bilhões de litros de leite para atender a demanda sugerida pela ONU. Ou seja, o mercado precisa crescer 36,2%até o ano de 2050, caso o consumo per capita seja de 200 litros por ano”.

Segundo o presidente, o cenário atual é normal em qualquer atividade agropecuária. “A acomodação da produção é normal dentro do cenário da encomia mundial. Cabe ao produtor estar preparado para enfrentar o mercado e a saí­da é investir de forma equilibrada, lançando mão de uma gestão totalmente profissional”, afirma.

Investimentos estratégicos

O cooperado, Elson Alves de Rezende, e os filhos, Elson Júnior e Eduardo Borges de Rezende, enxergaram oportunidades de ganho na atividade leiteira e investiram mais de R$ 160 mil, recentemente, em melhorias na fazenda Lajeado,no municí­pio de Uberlí¢ndia.

Uma nova sala de ordenha foi construí­da, em local estratégico, para facilitar o manejo dos animais e garantir uma melhor produção de leite. Um sistema de ordenha mecí¢nica em circuito fechado foi adquirido para ordenhar quatro animais por vez, diminuindo os custos com mão-de-obra. Além disso, houve a adaptação da propriedade para receber ração a granel. O produtor comprou um silo e agora garante ração de qualidade ao rebanho.

Segundo Elson Júnior, os investimentos começaram nas pastagens e vão culminar na genética do rebanho. “Primeiro fizemos a correção do solo, construí­mos curvas de ní­vel e depois investimos na silagem. Há quatro anos, compramos animais e,em 2012, começamos a colher os frutos. Temos 35 novilhas prenhas,” conta.

Paralelamente í  atividade leiteira, a famí­lia de Elson toca também a suinocultura. “Nós aproveitamos a suinocultura para a pecuária. Investimos no biodigestor e hoje utilizamos os dejetos dos suí­nos para a adubação orgí¢nica dos pastos. Além de melhorar a renda, a atividade auxilia bastante na produção leiteira, pois temos uma grande economia”, conta Júnior.

Os investimentos começaram há 13 anos, quando os filhos já formados em administração decidiram ajudar o pai na atividade. “Nós já tí­nhamos a prática e buscamos o conhecimento teórico para melhorar os resultados”, avalia Eduardo. “Hoje estamos nos profissionalizando. Todo investimento que fazemos é estratégico. Analisamos os números e as oportunidades para melhorarmos o nosso negócio”, emenda Elson.

Atualmente a propriedade produz 600 litros de leite por dia. “No iní­cio a média era 70 litros”, recorda Elson. Agora, o cooperado quer focar no melhoramento genético.“Quando encerrarmos os investimentos no manejo, vamos investir no melhoramento genético do rebanho, pois queremos atingir, em médio prazo, 1.000 litros deleite”, acrescenta.

Investimento e determinação

A história do casal Alberto Segatto e Virgilina Pereira Segatto é exemplo de que o amor pela pecuária leiteira e a confiança na atividade geram resultados.Recentemente, o cooperado investiu cerca de R$ 200 mil na propriedade que hoje produz 200 litros de leite por dia.

Integrantes do grupo de produtores que participam do Programa Alimento Seguro – PAS Leite coordenado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e o Serviço Brasileiro de Apoio í s Micro e Pequenas Empresas – Sebrae e a Calu, Alberto e Virgilina visualizaram novos horizontes e resolveram, mesmo depois de muitos anos na atividade, adaptar a fazenda Cachoeira,também no municí­pio de Uberlí¢ndia, í s novas técnicas da produção leiteira.

“Sinto não ter tido acesso a essas informações quando iniciei na atividade, há 60 anos. Com essas novas técnicas, não há como a produção de leite não dar certo.Sempre acreditei na atividade e agora mais do que nunca”, fala emocionado o produtor.

Segatto comprou um novo sistema de ordenha mecí¢nica e adaptou a sala de ordenha aos moldes ensinados no PAS Leite.

Sobre o mercado, o experiente cooperado afirma que a atividade leiteira sempre teve seus altos e baixos. “Já trabalhei com lavoura e posso afirmar que o leite é a atividade que nos dá maior estabilidade. O produtor só precisa estar atento aos custos de produção e se adaptar para não desequilibrar as finanças”, sugere.

O produtor Magno de Pádua Carrijo também investiu na produção de leite. Cerca de R$ 100 mil foi desembolsado para melhorias na propriedade que fica na região denominada Olhos D
Fonte: MF Comunicação

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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