Cone Sul se consolida como grande fornecedor de #lácteos

Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

 

A região do Cone Sul se consolida como a grande fornecedora de produtos lácteos do mercado internacional. Embora os custos tenham subido para todos os países produtores, também é certo que os preços subiram e que existe uma volatilidade maior, destacou a engenheira agrônoma, María Elena Vidal, técnica do Serviço de Programação e Políticas Agropecuárias do Uruguai (Opypa).

 

A especialista do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) destacou a posição da região como produtora e exportadora de produtos lácteos, enfatizando que existe uma demanda crescente nesse setor e que a Argentina e o Uruguai conseguiram aparecer entre os primeiros exportadores do mundo, principalmente nos setores de leite em pó e queijos.

 

Em consequência de seus recursos humanos e naturais e por suas instituições, a região poderia se consolidar como a grande fornecedora de lácteos para o mundo nos próximos anos, disse ela. Vidal discutiu esse assunto no Foro de Agricultura da América do Sul – CAS 2013, ocorrido em Foz do Iguaçu, no Paraná, realizado em 21 e 22 de novembro.

 

Nesse âmbito, apresentou a realidade e as perspectivas do setor leiteiro da região. Ela admitiu que a mudança climática e a volatilidade são as grandes características do momento que vive o agronegócio, de forma que é necessário que se tenha planos de mitigação para enfrentar essas situações. «Temos grandes oportunidades do lado da demanda, mas também, grandes desafios do lado da produção».

 

Vidal afirmou, por outro lado, que os custos de produção vêm aumentando em todo o mundo e que o Cone Sul não está alheio às tendências mundiais. Às vezes, «nos assustamos com os nossos custos elevados, porque tradicionalmente no Uruguai estavam ente US$ 0,12 a US$ 0,13 por litro, mas o preço do leite era de US$ 0,15 e, agora, temos custos de US$ 0,25 a US$ 0,26 e o preço superou os US$ 0,30, tendo, nesse ano, registrado picos superiores a US$ 0,40 por litro pago ao produtor de leite».

 

«É certo que temos mais risco, mais intensificação, mais investimentos, mais tecnologia e mais volatilidade. O grande tema atual é a volatilidade dos preços e a mudança climática colabora neste aspecto, no sentido de que se transforma na grande ameaça ao setor agropecuário mundial. O produtor de leite precisa se programar, saber quanto vai produzir, a que custo e que preço receberá por sua produção. Portanto, os fatores mencionados anteriormente de volatilidade e mudança climática vão contra a atividade que precisa da programação».

 

Ela disse que o produtor precisa saber o preço dos insumos no ano seguinte e também precisa manejar a variabilidade do clima que, às vezes, é dramática, para o que terá que manejar práticas de mitigação, porque esses fatores chegaram para ficar. Consequentemente, o Uruguai tem grandes oportunidades do lado da demanda, mas grandes desafios do lado da produção.

 

O setor leiteiro enfrenta uma forte competição por terra, situação que ocorre em diversos países, inclusive, fora da região. «Onde há recursos naturais, há competição por terra», disse ela. Vidal explicou que o setor leiteiro compete com os grãos, com a produção de carnes e outros setores. Portanto, «os produtores souberam enfrentar essa nova realidade. Um produtor de leite precisa competir pagando hoje praticamente o mesmo preço que um produtor de soja paga pelo aluguel da terra, mas existe uma grande diferença: o produtor de leite ficará aí muitos anos quando aluga um campo, porque necessita de estabilidade, enquanto o produtor de soja pode estar ou não, porque mudam de lugar segundo a oportunidade de seu negócio». É certo que com tecnologia e intensificação pode-se compensar em parte esses efeitos. O custo da terra se transformou em algo dramático. Por exemplo, na Nova Zelândia, estão com preços da terra muito altos e com margens muito estreitas de lucros para o produtor.

 

Fonte: El Observador

 

 

 

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas