CE: Produção #leiteira está 50% abaixo da capacidade industrial do Estado

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O setor produtivo leiteiro do Ceará está muito abaixo da média ideal.

O parque industrial de produtos lácteos do Estado tem capacidade para industrialização de 1,6 milhão de litros de leite por dia, todavia, apenas 50% desse potencial está sendo utilizado. O problema está no campo. Apesar do Estado possuir 700 mil matrizes leiteiras, a média de produção por animal é de apenas quatro litros. O ideal seria de 12 a 13 litros por dia. «Esses foram os levantamentos efetuados pela Leite & Negócios, especializada em consultoria agropecuária», explicou o consultor sócio-diretor da empresa, Raimundo Reis.

 

Objetivando melhoramentos na cadeia leiteira e a redução desse déficit, a gerência executiva do Leite Ceará, um programa focado no crescimento e sustentabilidade desse segmento, resolveu reunir pecuaristas produtores de leite do Sertão Central e do Vale do Jaguaribe para apresentar a proposta de dinamização do setor na sua base. O lançamento do Leite Ceará está programado para a manhã de hoje, às 9 horas, no auditório da Faculdade de Educação Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), em Quixadá.

 

Na reunião, além da sensibilização, é esperada dos produtores à proposta governamental desenvolvida pela Câmara Setorial do Leite.

 

Como a produção leiteira do Estado está mais concentrada no Baixo e Médio Jaguaribe, principalmente em Morada Nova, e no Sertão Central, em Quixeramobim, Quixadá, situado entre os dois municípios, foi escolhido para sediar a reunião setorial.

 

Equipe técnica

A agenda foi concluída e apresentada ao Governo do Estado em agosto do ano passado. Agora, 65 profissionais, dentre eles 39 técnicos agropecuários, 13 zootecnistas e agrônomos e 13 veterinários vão auxiliar nas ações a serem desenvolvidas através dos projetos executivos de assistência técnica, produção de forragem, melhoramento genético e qualidade do leite.

 

Segundo Raimundo Reis, alguns avanços já estão ocorrendo no campo, dentre eles o pastejo rotacionado irrigado, a inseminação artificial e a ordenha mecânica. Entretanto, atividades estimuladas a partir de programas do Estado necessitavam se tornar mais dinâmicas.

 

O Ceará possui excelente potencial natural, luminosidade, temperatura e áreas para produção de forragem. Oficialmente, 80 mil estabelecimentos estão cadastrados no Governo do Estado. Desse total, somente seis mil entregam leite para alguma agroindústria. No entanto, a deficiência continua e demonstra a necessidade de assessoria técnica para os produtores.

 

Para receberem a assistência técnica, os produtores de leite participantes devem ser fornecedores regulares de leite a laticínios formalmente registrados no serviço de inspeção sanitária oficial (SIM, SIE e ou SIF).

 

Assistência garantida

Os interessados devem procurar a indústria de laticínios à qual fornecem o leite, os técnicos de campo, o Instituto Agropolos do Ceará ou diretamente a gerência executiva do Programa. Passarão a contar com assistência programada às fazendas, com visita do técnico agrícola a cada 30 dias e do veterinário, zootecnista ou agrônomo a cada 45 dias.

 

Além das visitas, serão realizados dias de campo, missões técnicas, cursos, consultorias, enfim, acompanhamento sistemático de todos os processos de produção de leite na fazenda. Os produtores desembolsarão apenas 15% para pagamento dos custos com assistência técnica, dos técnicos e de todas as despesas operacionais. O restante será dividido entre o Governo do Ceará, com 55%; a Agencia do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), 10%; o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) 10%; e as industrias de laticínios, também com 10%.

 

O Programa Leite Ceará foi criado pela Câmara Setorial do Leite, com base na Agenda Estratégica do Leite, para o período de 2012 a 2025 com atuação nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, assistência técnica, capacitação, crédito rural e ações estratégicas.

 

O programa é coordenado por um grupo gestor, formado pela Adece, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Sebrae e Instituto Agropolos do Ceará.

 

A gerência executiva está sob a responsabilidade da Leite & Negócios Consultoria. «Como ação estratégica foi definido um calendário de eventos técnicos e de capacitações de técnicos, produtores e trabalhadores rurais», completou Raimundo Reis.

 

Mais informações:

Instituto Agropólos do Ceará

(85) 3101.1670

Leite & Negócios (85) 3253.3110

Agência de Desenvolvimento do Ceará: (85) 3457.3300

 

 

Fonte: Diário do Nordeste

 

 

 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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