#Brasil quer ser um dos maiores fornecedores de lácteos

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Paí­s é o quarto maior produtor mundial, mas não figura entre os principais exportadores. Embrapa avalia, porém, que em dez anos é possí­vel estar entre os sete primeiros.

Juiz de Fora – Quarto maior produtor de leite do mundo, o Brasil não figura entre os maiores exportadores de lácteos, quadro que deve mudar na próxima década com o aumento da produção e ações de promoção comercial. Com mais produção e mais divulgação, o Paí­s pode, até 2023, figurar como o sétimo principal exportador do planeta, de acordo com previsão de Duarte Vilela, chefe-geral da unidade de gado de leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), feita durante seminário realizado na feira Minas Láctea, que começou nesta terça-feira (16), em Juiz de Fora, Minas Gerais.

“O que a gente espera daqui até o ano 2023 é que tenhamos uma inserção definitiva no mercado internacional. Nós estamos crescendo a uma taxa superior a 4% ao ano”, destacou Vilela. “Esperamos continuar crescendo a essa taxa de modo que em 2023 estejamos entre os sete maiores exportadores de lácteos do mundo. Em um cenário pessimista, estaremos em 2023 acima de 44 bilhões de litros de leite, num cenário otimista, estaremos próximos aos 50 bilhões de litros de leite. í‰ dentro desse cenário de expectativa de crescimento que a gente imagina que o Brasil estará entre os sete maiores exportadores de lácteos do mundo”, explicou Vilela. Hoje a produção é de 32 bilhões de litros por ano.

De acordo com ele, o cenário mundial está favorável ao crescimento das exportações brasileiras, com preços melhores, maior consumo de produtos lácteos e mudanças de hábitos alimentares em paí­ses que não tinham costume de consumir muitos derivados de leite, como os asiáticos. O chefe da Embrapa aponta ainda que o aumento da renda nos paí­ses emergentes, em geral, favorece o consumo de laticí­nios.

“Há uma relação direta de quanto maior a renda per capita, maior o consumo de derivados lácteos. Não leite fluí­do (lí­quido), mas principalmente iogurte, queijos, etc. Então, pelo fato de a renda per capita mundial, principalmente nos paí­ses em desenvolvimento, estar crescendo, a expectativa de crescimento do consumo de derivados é maior do que a de leite fluí­do, inclusive pela própria facilidade de transporte, porque o maior comércio hoje tem sido, em primeiro lugar, de leite em pó e depois queijos, etc.”, disse.

Sobre a produtividade de leite no Brasil, Vilela afirma que as principais regiões produtoras no Paí­s são muito competitivas, chegando a alcançar até seis mil quilos de leite por lactação por vaca. “São quantidades expressivas que nos dão competitividade lá fora. Em termos de qualidade, tem havido um trabalho muito grande desde o final da década de 90 em termos de melhoria de qualidade. Onde temos hoje os maiores produtores de leite, na região Centro-Sul, a qualidade do leite não perde nada para os padrões internacionais”, completou.

Promoção Internacional

Durante a Minas Láctea acontece a primeira ação de divulgação internacional do Projeto Setorial de Promoção de Exportação de Produtos Lácteos (PS-Lácteos), realizado em parceria pela Agíªncia Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O projeto trouxe í  feira compradores dos Emirados írabes Unidos e da Venezuela para conhecer a produção de laticí­nios no Brasil e conversar com as indústrias brasileiras presentes ao evento.

“Nunca fizemos qualquer trabalho anterior de divulgação desse setor em eventos internacionais.”, destacou Marcos Soares, gestor de Projetos da Apex, indicando um dos motivos para a pouca exportação do setor lácteo nacional que, em 2012, exportou 43,1 mil toneladas de produtos, com receita de US$ 119,6 milhões.

Ele lembrou que as empresas participantes do PS-Lácteos definiram seis paí­ses alvo para a exportação do setor: Argélia, Arábia saudita, Emirados, Egito, Iraque e Venezuela. “A ideia agora é trabalhar, conhecer melhor, fazer um trabalho de prospecção nesses mercados, ou seja, saber quais as condições de importação desses mercados e também fazer um trabalho de divulgação das empresas e dos produtos brasileiros nestes mercados”, explicou.

Atualmente, os maiores produtores de leite no mundo são, por ordem, os Estados Unidos, a índia e a China. O principal exportador mundial, no entanto, é a Nova Zelí¢ndia.

*A jornalista viajou a convite do PS-Lácteos

http://www.anba.com.br/noticia/21144681/agronegocio/brasil-quer-ser-um-dos-maiores-fornecedores-de-lacteos/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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