Bacia leiteira produz leite de búfala para legí­tima muçarela

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Os municí­pios de Itaju e Bariri estão localizados na região central de São Paulo nas margens do Rio Tietíª. Os vales do Médio Tietíª são ricos em nascentes e lagoas, lugar ideal para criação de búfalos.

A fazenda Igatu planta cana, cria gado de corte e já investiu também na criação de gado leiteiro da raça jersey, mas como boa parte da área é alagada, o que tem prosperado mesmo é o búfalo.

Depois do banho, as búfalas seguem para a ordenha. Os 200 litros de leite que a Igatu produz por dia são armazenados em um tanque de resfriamento e ficam í  espera do caminhão. Antes de carregar o leite, a acidez é testada e uma amostra é recolhida para outros testes mais tarde no laticí­nio.

O caminhão segue para a fazenda São Sebastião, que ordenha 120 búfalas e produz média de 600 litros de leite por dia. O proprietário, Ulisses Fanton, diz que a raça mais criada para leite é a murah. A produção delas é menor que a das vacas da raça holandesa, mas o leite das búfalas é mais rico em gordura, por isso, o laticí­nio paga mais por ele.

A Igatu e a São Sebastião fazem parte de uma integração que reúne outras seis fazendas do Médio Tietíª. Todas elas entregam o leite para o laticí­nio Almeida Prado, que fica a cerca de 50 quilí´metros de Bariri, no municí­pio de Bocaina.

O laticí­nio está instalado dentro da fazenda Rio Pardo. Para manejar os animais e tocar o laticí­nio, a fazenda emprega mais de 30 pessoas.

Veridiana Almeida Prado, a caçula dos quatro filhos da famí­lia, hoje é engenheira agrí´noma e administra a criação de búfalos.

Nos últimos 10 anos, o rebanho da fazenda Rio Pardo dobrou de tamanho. Hoje são 124 vacas em lactação, que produzem uma média de 10 litros por dia.

O grande problema da produção do leite das búfalas é a entressafra, que acontece no perí­odo do final do ano, quando a demanda aumenta por causa do perí­odo de festas, conforme explica Veridiana.

Ao contrário das vacas leiteiras, que dão cria na época das chuvas, as búfalas tíªm seus filhotes na seca, mas com a técnica da IATF, isso pode ser mudado.

Confira no ví­deo com a reportagem completa como funciona a técnica da IATF.

O laticí­nio beneficia cinco mil litros de leite por dia e em breve deve dobrar a capacidade. O leite de búfala é rico em gordura e cálcio e a proteí­na contida nele é melhor para digestão de pessoas alérgicas ao leite de vaca.

Manteiga, ricota e o produto mais importante, a muçarela, são produzidos. São vários formatos: em barras, em bolinhas e das mãos habilidosas do queijeiro italiano Angelo Carnevale surgem também tranças gigantes.

No Brasil, a muçarela feita com leite de búfala deve levar na embalagem o selo que identifica os produtos fiscalizados pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos. Isso diferencia a legí­tima muçarela dos queijos que levam leite de vaca misturado ao de búfala.

O segredo principal, garante Carnevale, é o leite de búfala. Na Itália só existe uma muçarela, aquela que é feita 100% com leite de búfala.

Além de uma boa alimentação e cuidados de higiene, as búfalas precisam de água para refrescar o corpo e muita sombra para aliviar o calor. Os pastos são manejados com cerca elétrica, que é a mais recomendada para criação de búfalo.

Na fazenda Rio Pardo, os animais ocupam mais de 200 hectares em uma região onde a terra vale ouro por causa da plantação de cana.

Fonte: Globo Rural

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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